https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16173
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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wandersonfreitasfranca.pdf | 8.6 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Tipo: | Dissertação |
Título: | Entre a memória e o esquecimento: os monumentos na construção das identidades em Petrópolis – Rio de Janeiro |
Autor(es): | França, Wanderson Freitas |
Primeiro Orientador: | Malta, Guilherme Augusto Pereira |
Co-orientador: | Menezes, Maria Lucia Pires |
Membro da banca: | Torres, Clarice Cassab |
Membro da banca: | Dias, Juliana Maddalena Trifilio |
Membro da banca: | Silva, Renata Aquino da |
Resumo: | O presente estudo dessa dissertação é o resultado do esforço de compreender no tocante dos monumentos circunscritos nos espaços públicos do centro histórico de Petrópolis, cidade localizada na região serrana do estado do Rio de Janeiro, como estão relacionados diretamente sobre as construções identitárias de grupos culturais colocados em condição de menos importantes (indígenas, negros e negras) sobre uma lógica racista que desconsidera o papel que essas múltiplas culturas exerceram, e exercem, ao longo do tempo sobre a produção material e imaterial da cidade. Desse modo, busca-se analisar, por meio das paisagens contraditórias entre os monumentos e os bairros negros da cidade, considerando as minhas trajetórias e o lugar que me situo enquanto negro transado com o urbano, como esses elementos simbólicos possibilitam a perpetuação e a manutenção de uma visão colonizadora sobre as construções identitárias que se desdobra na manutenção do poder da branquitude que produz desigualdade racial. Assim, por meio de metodologia ativa de roda de conversa decidi colocar os monumentos na gira ao reunir nosso pessoal, negras e negros petropolitanas(os), para transarmos nossas experiências em coletividade e valorizar nosso ponto de vista sobre nossas vivências na cidade. Desse modo, o pensamento Afrocentrado em conjunto com a Geografia Cultural foi central, somando com outros saberes de descolonização, na valorização de nossas referenciais culturais indígenas e negras. Como resultados percebemos o quanto os monumentos funcionam como símbolos de perpetuação de ideias colonizadoras que incidem sobre o apagamento intencional da contribuição que esses “outros” grupos culturais possibilitaram sobre a produção material da cidade. Dessa forma, essa estrutura converge sobre a não identificação de pessoas negras em Petrópolis, o que acaba por privilegiar a branquitude local. Finalizo não apenas no intuito de concluir um estudo, mas evidenciar a potência das trocas estabelecidas com nossas parceiras e parceiros negros ao transar nossas experiências sobre a realidade local ao direcionar os estudos geográficos entendendo porque as paisagens dessa cidade se apresentam contraditórias para nós e como isso impacta grupos culturais de formas diferentes. |
Abstract: | El presente estudio de esta disertación es el resultado del esfuerzo por comprender los monumentos circunscritos en los espacios públicos del centro histórico de Petrópolis, ciudad situada en la región serrana del estado de Río de Janeiro, cómo se relacionan directamente con las construcciones identitarias de los grupos subalternos (indígenas, negros y negras) en una lógica racista que desconoce el papel que estas múltiples culturas han desempeñado, y desempeñan, a lo largo de la historia sobre la producción material e inmaterial de la ciudad. De esta forma, buscamos analizar, a través de los paisajes contradictorios entre los monumentos y los barrios subalternos de la ciudad, considerando mis trayectorias y el lugar donde me sitúo como hombre negro en transacción con lo urbano, cómo estos elementos simbólicos permiten la perpetuación y el mantenimiento de una visión colonizadora sobre las construcciones identitarias que se despliega en el mantenimiento del poder de la blancura que produce la desigualdad racial. Así, a través de la metodología activa de los círculos de conversación, decidí poner a girar los monumentos reuniendo a nuestra gente, mujeres y hombres negros petropolitanos, para compartir colectivamente nuestras experiencias y valorar nuestro punto de vista sobre nuestras vivencias en la ciudad. De este modo, el pensamiento afrocéntrico en conjunción con la Geografía Cultural ha sido central, junto con otros saberes descolonizadores, en la valoración de nuestros referentes culturales indígenas y negros. Así, este estudio pretende traer y valorar formas de pensamiento que no son usualmente utilizadas por la academia en la forma de producir conocimiento. Como resultado, nos damos cuenta de hasta qué punto los monumentos funcionan como símbolos de perpetuación de ideas colonialistas que se centran en el borrado intencionado de la contribución de grupos culturales subalternizados. Em este punto, esta estructura converge en la no identificación de los negros en Petrópolis, lo que acaba privilegiando la blancura local. Concluyo no sólo para concluir un estudio, sino para mostrar que a partir de las experiencias de los compañeros negros y de las compañeras negras, podemos adentrarnos en los estudios geográficos en la consolidación de la producción desigual del espacio que se despliega en el paisaje y cómo impacta de forma diferente a los grupos culturales de la ciudad. |
Palavras-chave: | Memória negra Paisagem cultural Racismo Sankofa Urbanização Memoria negra Paisaje cultural Racismo Sankofa Urbanización |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
Sigla da Instituição: | UFJF |
Departamento: | ICH – Instituto de Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Geografia |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil |
Licenças Creative Commons: | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16173 |
Data do documento: | 31-Ago-2023 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Geografia (Dissertações) |
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