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Type: Dissertação
Title: Da Revolução Gerencial de J. Burnham ao capitalismo gerencial de G. Duménil & D. Lévy: a persistência da apologia indireta ao capitalismo pela doutrina gerencialista como variante da ideologia da terceira via
Author: Moreau, Hermann Junior
First Advisor: Cunha, Elcemir Paço
Referee Member: Fortes, Ronaldo Vielmi
Referee Member: Xavier, Wescley Silva
Resumo: O objetivo da presente dissertação foi analisar a continuidade da apologia indireta ao capitalismo na assim chamada “doutrina gerencialista” ou teoria dos gestores na qual estes seriam uma nova e dominante classe social na suposta transição do modo de produção capitalista para uma “sociedade gerencial”. Essa doutrina ou teoria não é nova. Surgida a partir de uma série de desenvolvimentos na transição entre os séculos XIX e XX, ganhou fôlego com Bruno Rizzi e James Burnham nas décadas de 1930 e 1940, sendo o segundo autor uma fonte primária de grande difusão a partir do livro A Revolução Gerencial. Um segundo desenvolvimento teve impulso com J.K. Galbraith a partir dos anos de 1960, obtendo considerável difusão, inclusive no Brasil, por mediação de intelectuais como Bresser Pereira. Nas últimas décadas, autores como Gérard Duménil e Dominique Lévy surgiram como portavozes internacionais de uma renovada abordagem, supostamente de matriz marxista, tomando tais gestores como classe social, culminando na obra mais recente denominada Capitalismo Gerencial. Ao delimitar a análise aos materiais e J. Burnham e G. Duménil e D. Lévy, o estudo realizado pode ser considerado como um exercício de determinação social do pensamento segundo a tradição marxista. O estudo se baseou, principalmente, nos fundamentos da ontologia do ser social de G. Lukács. Nessa direção, delimitou-se a gênese e a função dessa teoria dos gestores como classe social, operacionalizando também uma análise imanente baseada nos textos escolhidos. Assim, foi possível identificar, apesar das diferenças, uma linha de continuidade da apologia indireta ao capitalismo de A Revolução Gerencial de J. Burnham a Capitalismo Gerencial de G. Duménil e D. Lévy. Nesse estudo, a teoria dos gestores se mostrou como uma variante da ideologia da terceira via, isto é, de negação superficial e de afirmação essencial do modo de produção capitalista em que se sustenta haver uma transição para uma nova sociedade cujos pilares, entretanto, permanecem ancorados nos princípios da produção de mercadorias para o lucro privado. Como variante, a teoria em questão apresenta sua particularidade propositiva, cujo núcleo é o amplo convencimento de que o modo de produção capitalista e suas mais essenciais contradições podem ser infinitamente administrados.
Abstract: The objective of the present dissertation was to analyze the continuity of the indirect apology for capitalism in the so-called “managerialist doctrine” or theory of managers in which they would be a new and dominant social class in the supposed transition from the capitalist mode of production to a “management society”. This doctrine or theory is certainly not recent. Arising from a series of developments in the transition between the 19th and 20th centuries, it gained momentum with Bruno Rizzi and James Burnham in the 1930s and 1940s, the second author being a primary source of great diffusion from the book The Managerial Revolution. A second development got momentum with J.K. Galbraith from the 1960s onwards, obtaining considerable diffusion, including in Brazil, through the mediation of intellectuals such as Bresser Pereira. In recent decades, authors such as Gérard Duménil and Dominique Lévy have emerged as international spokespeople for a renewed approach, supposedly of a Marxist matrix, taking such managers as a social class, culminating in the most recent work called Managerial Capitalism. By delimiting the analysis to the materials and J. Burnham and G. Duménil and D. Lévy, the study carried out can be considered as an exercise of social determination of thought according to the Marxist tradition. The study was mainly based on the foundations of the ontology of the social being of G. Lukács. In this direction, the genesis and function of this theory of managers as a social class were delimited, also operationalizing an immanent analysis based on the chosen texts. Thus, it was possible to identify, despite the differences, a line of continuity from the indirect apology to capitalism from The Managerial Revolution by J. Burnham to Managerial Capitalism by G. Duménil and D. Lévy. In this study, the theory of managers showed itself as a variant of the ideology of the third way, that is, of superficial denial and essential affirmation of the capitalist mode of production in which it is argued that there is a transition to a new society whose pillars, however, remain anchored in the principles of commodity production for private profit. As a variant, the theory in question presents its propositional particularity, whose core is the broad conviction that the capitalist mode of production and its most essential contradictions can be infinitely managed.
Keywords: Doutrina gerencialista
Determinação social do pensamento
Ideologia
Capitalismo
Apologia indireta
Terceira via
Managerialist doctrine
Social determination of thought
Ideology
Capitalism
Indirect apology
Third way
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ADMINISTRACAO
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Institution Initials: UFJF
Department: Faculdade de Administração e Ciências Contábeis
Program: Mestrado Acadêmico em Administração
Access Type: Acesso Aberto
Attribution 3.0 Brazil
Creative Commons License: http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/
DOI: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00002
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15684
Issue Date: 26-May-2023
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