https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9493
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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Os modos da margem - mapeamento de representação da marginalidade na cultura.pdf | 56.65 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Tipo: | Artigo de Evento |
Título: | Os modos da margem - mapeamento de representação da marginalidade na cultura brasileira contemporânea |
Autor(es): | Faria, Alexandre Graça Bruno, Renato Barreto, Carolina de Oliveira Mota, Lia Duarte |
Resumo: | O projeto de pesquisa “Os modos da margem: representações da marginalidade na cultura brasileira contemporânea” têm como objetivo refletir sobre os diferentes modos de apresentação do conceito de “marginalidade” na cultura brasileira, da década de 1960 até a atualidade, considerando o contexto social e as transformações de caráter ideológico que perpassam esse termo teórico em contínuo processo de construção. Em uma das vertentes do projeto, desenvolvida pela bolsista Carolina Barreto, buscou-se estabelecer uma comparação entre o “Manifesto Antropófago”, de Oswald de Andrade, publicado em 1928, e o “Manifesto da Antropofagia Periférica”, de Sérgio Vaz, o qual chegou ao grande público por meio revista Época de 17 de setembro de 2007. Ao se fazer uma comparação dos conteúdos ideológico e estético entre os textos supracitados, tencionou-se estabelecer, na literatura contemporânea produzidas nas periferias, uma relação entre as construções simbólicas do real, que tangem as categorias do eu e do outro. Ainda, propôs-se demonstrar que a articulação das estruturas simbólicas constituídas pela linguagem, sob esta visão ideológica e estética, revelaria algumas das alterações sofridas pelo local de enunciação do discurso na Literatura Brasileira contemporânea; e, para reforçar as hipóteses levantadas, mapearam-se alguns dos traços estéticos norteadores da chamada “escrita periférica” que se relacionam a tentativas de representação fiel de uma dada realidade. Noutra vertente, sob a responsabilidade da bolsista Lia Duarte, destacou-se o escritor dramaturgo ator Plínio Marcos (1935-1999), considerado um artista “maldito” por trazer, para a literatura brasileira, a linguagem das ruas, dos becos, das zonas portuárias. Em suas peças teatrais deu visibilidade a prostitutas, bandidos, miseráveis, tornando-os reais na literatura, antes intelectual, brasileira. Como jornalista levava às suas colunas o mesmo tom de denúncia e polêmica que marcou sua obra, fazendo dele um escritor marginal, mas não um marginal brasileiro. Assim, através da análise de sua vida e obra faz-se uma aproximação entre o escritor e o conceito de intelectual apresentado por Edward W. Said em seu livro Representações do Intelectual, em que demonstra que o intelectual é um indivíduo capaz de representar, viabilizar para um público, uma mensagem, um ponto de vista, uma postura. Tal característica é pontual num escritor que não só tratava do bandido em seus textos, como também se vestia como um, representando papéis pelas ruas de São Paulo. Assim, Plínio Marcos torna-se um ator também fora dos palcos, pois desenvolve personagens que se mesclam ao escritor nos fazeres diários. Dessa forma, é possível pensar sobre a idéia de performance, presente no livro Performance como Linguagem de Renato Cohen, que demonstra ser esta uma arte de fronteira, que rompe com as convenções artísticas, como os palcos de teatro, a encenação fechada e o público mero espectador, possibilitando o desenvolvimento de obras de arte abertas, em que o atuante, o texto e o público assumem outros papéis, novos lugares na obra. É o que faz Plínio Marcos ao representar o escritor, o jornalista, o bandido, o marginal diante da sociedade brasileira. |
Abstract: | - |
Palavras-chave: | - |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
Sigla da Instituição: | UFJF |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9493 |
Data do documento: | 2008 |
Aparece nas coleções: | Seminário de Iniciação Científica |
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