https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6585
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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clebersoaresdasilva.pdf | 14.8 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Tipo: | Dissertação |
Título: | O olhar de Assis Horta: tradição e dignidade em retratos de operários |
Autor(es): | Silva, Cleber Soares da |
Primeiro Orientador: | Pifano, Raquel Quinet de Andrade |
Membro da banca: | Melo, Luís Alberto Rocha |
Membro da banca: | Essus, Ana Maria Mauad de Sousa Andrade |
Resumo: | O mineiro Assis Horta foi um dos mais importantes fotógrafos a prestar serviços ao SPHAN, atual IPHAN, na chamada fase heroica da instituição, quando esta foi dirigida por Rodrigo Melo Franco de Andrade e contava em seu quadro de funcionários com grandes intelectuais ligados ao movimento modernista brasileiro. Os registros fotográficos feitos por Horta contribuíram para o tombamento de Diamantina em 1938 e, mais tarde, em 1999, para o reconhecimento da cidade como Patrimônio da Humanidade, pela Unesco. Em paralelo ao trabalho documental, Horta desenvolveu sua carreira bem-sucedida de retratista com grande produção, como comprovam os mais de cinco mil negativos em vidro que compõem seu acervo. Por seu estúdio fotográfico e sob seu olhar, passou toda a sociedade diamantinense entre as décadas de 1930 a 1980, mas foram os retratos de operários, feitos entre os anos 1930 e 1940, que lhe deram maior projeção a partir de 2008. Foi graças à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), decretada pelo governo de Getúlio Vargas, em 1943, e à obrigação das fotos 3x4 em carteiras de trabalho que muitos operários tiveram contato com a fotografia pela primeira vez. Os retratos de afro-brasileiros e mestiços pobres, seus familiares e amigos feitos no Photo Assis são herdeiros das tradições da fotografia oitocentista e dos carte de visite. Os cerca de 200 registros visuais divulgados em exposições e mostras até o momento só encontram analogia nos retratos de Militão Augusto de Azevedo, produzidos em fins do século XIX na cidade de São Paulo e na obra do também diamantinense Chichico Alkmim, realizada no começo do século XX. Os retratos aqui destacados são a comprovação da empatia entre o talentoso fotógrafo e sua nova clientela, parcela da população brasileira que, segundo a historiografia, foi tradicionalmente explorada comercialmente em fotografias de cunho pitoresco ou exótico e depois relegada ao esquecimento. Nas belas imagens feitas por Assis Horta analisadas nessa pesquisa, percebe-se que o jogo fotográfico se completa de maneira eficaz e o fotografado, não mais um objeto de cena, se mostra dignamente sujeito do próprio retrato... enfim um cidadão. |
Abstract: | Assis Horta, one of the most important photographers of Minas Gerais worked for SPHAN, current IPHAN, in the so-called heroic phase of the institution, when it was directed by Rodrigo Melo Franco de Andrade and had as part of its staff great intellectuals linked to the Brazilian modernist movement. Horta‘s photographic records contributed for the listing of Diamantina in 1938 and later, in 1999, for the recognition of the city as Unesco World Cultural Heritage Site. Together with the documentary work, Horta developed his successful career as a portraitist with great production as evidenced by more than five thousand negative glass plates that are part of his collection. In his photographic studio and under his attentive observation, the whole society of Diamantina passed between the 1930s and the 1980s, but it was the portraits of workers, made between the 1930s and the 1940s, that gave him greater projection since 2008. It was thanks to the Consolidation Of Labor Laws (CLT), decreed by Getulio Vargas' government in 1943, and the obligation of 3x4 photos in work documents that many workers had contact with photographs for the first time ever. The portraits of poor Afro-Brazilians, their relatives and friends made at Photo Assis are heirs to the traditions of the nineteenth-century photography and of the carte de visite. The approximately 200 visual records published in exhibitions and cultural fairs so far are only analogous to the portraits of Militão Augusto de Azevedo, produced at the end of the 19th century in the city of São Paulo and in the work of Chichico Alkmim, also from the city of Diamantina, held at the beginning of the XX century. The photographs highlighted here are a proof of the empathy between the talented photographer and his new clients, a part of the Brazilian population that, according to historiography, was traditionally commercially exploited in picturesque or exotic photographs and then forgotten. In the beautiful images made by Assis Horta that are analyzed in this research we can notice that the photographic game is completed in an effective way and the ones photographed, are no longer an object of scene. They are worthily subjects of their own portrait ... ultimately, citizens. |
Palavras-chave: | Fotografia Retrato Patrimônio Negros e mestiços Assis Horta Photography Portrait Patrimony Black and mixed race Assis Horta |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::ARTES |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
Sigla da Instituição: | UFJF |
Departamento: | IAD – Instituto de Artes e Design |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Artes |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6585 |
Data do documento: | 21-Ago-2017 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Artes, Culturas e Linguagens (Dissertações) |
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