Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/19098
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
daniellenegriferreiraneves.pdfPDF/A1.81 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir
Tipo: Dissertação
Título: Fatores associados à aptidão cardiorrespiratória de crianças e adolescentes portadores de diabetes mellitus tipo 1: uma revisão de escopo
Autor(es): Neves, Danielle Negri Ferreira
Primeiro Orientador: Deresz, Luís Fernando
Co-orientador: Barreto, Tânia Maria Sousa
Membro da banca: Brito, Ciro José
Membro da banca: Ribeiro, Jerri Luiz
Resumo: O Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) é uma doença autoimune que destrói as células beta do pâncreas, resultando em produção insuficiente de insulina. Evidências científicas apontam que crianças e adolescentes com DM1 apresentam menor aptidão cardiorrespiratória (AC) em comparação aos seus pares sem a doença. No entanto, os fatores que contribuem para essa redução da capacidade aeróbica ainda não estão completamente elucidados. Diante disto, foi conduzida uma revisão de escopo com o objetivo de identificar os fatores que influenciam a AC de crianças e adolescentes portadores de DM1. Para tal, foram adotadas as diretrizes e recomendações do “JBI Manual for Evidence Synthesis” e PRISMA-ScR. As bases de dados PubMed, Cochrane Library, Web of Science, Embase, LILACS, SCOPUS e SPORTDiscus foram utilizadas para as pesquisas. Na literatura cinzenta foram consideradas as bases Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ProQuest e Clinical Trials, sem restrições de data e idioma. A estratégia de busca nas bases de dados utilizou termos MeSH e DeCS: “Child”, “Adolescent”, “Diabetes Mellitus, Type 1” e “Cardiorespiratory Fitness”. A estratégia PCC (População, Conceito e Contexto) foi utilizada, sendo: P - indivíduos de 2 a 18 anos com diagnóstico de DM1; C - qualquer fator que influencie a AC e C - AC, e com base nessas definições foi estabelecida a pergunta norteadora: “Quais os fatores que influenciam a AC de crianças e adolescentes portadores de DM1”? A seleção e extração dos estudos foi realizada por dois revisores independentes, com apoio de um terceiro revisor em caso de discordâncias. A busca nas bases de dados resultou em 844 estudos, dos quais foram incluídos 27 estudos publicados entre 1993 e 2024, sendo a maioria oriunda do continente americano. Quanto ao delineamento metodológico, a predominância foi de estudos observacionais. A amostra total envolveu 2.346 participantes, sendo 1.736 com DM1. O teste cardiopulmonar foi o método mais utilizado para mensuração da AC. Os principais fatores associados à AC foram fisiológicos e bioquímicos, com destaque para a hemoglobina glicada (HbA1c), que foi avaliada e 26 (96,30%) estudos, seguida pelo índice de massa corporal (n= 18; 66,67%), nível de atividade física (n= 10; 37,04%), gordura corporal, perfil lipídico (n=7; 25,93%) tempo de diagnóstico da doença, idade e sexo (n= 6; 22,22%) pressão arterial (n = 3; 11,11%) e função vascular (n= 2; 7,41%). A HbA1c apresentou associação negativa em 48,1% dos estudos. Adicionalmente, o perfil lipídico e a gordura corporal apresentaram associações predominantemente negativas com a AC, enquanto os níveis de atividade física foram associados positivamente. Não foram encontrados dados sobre fatores comportamentais. Apesar da maioria dos estudos sugerirem associação entre melhor controle glicêmico e maior AC, os resultados foram heterogêneos. Em contrapartida, a prática regular de atividade física mostrou-se associada positivamente a melhores níveis de AC. Conclui-se que o bom controle glicêmico e a prática de atividade física associam-se a melhores níveis de AC, e que a AC pode ser um marcador relevante da saúde cardiometabólica em crianças e adolescentes com DM1, contribuindo no monitoramento e prevenção de complicações metabólicas e cardiovasculares nessa população.
Abstract: Type 1 Diabetes Mellitus (T1DM) is an autoimmune disease that destroys the beta cells of the pancreas, resulting in insufficient insulin production. Scientific evidence shows that children and adolescents with T1DM have lower cardiorespiratory fitness (CRF) compared to their peers without the disease. However, the factors that contribute to this reduction in aerobic capacity have not yet been fully elucidated. In view of this, a scoping review was conducted with the aim of identifying the factors that influence the CRF of children and adolescents with T1DM. To this end, the guidelines and recommendations of the “JBI Manual for Evidence Synthesis” and PRISMA-ScR were adopted. The PubMed, Cochrane Library, Web of Science, Embase, LILACS, SCOPUS and SPORTDiscus databases were used for the searches. The gray literature databases were the Digital Library of Theses and Dissertations of the Coordination for the Improvement of Higher Education Personnel (CAPES), ProQuest and Clinical Trials, with no date or language restrictions. The search strategy in the databases used MeSH and DeCS terms: “Child”, ‘Adolescent’, “Diabetes Mellitus, Type 1” and “Cardiorespiratory Fitness”. The PCC (Population, Concept and Context) strategy was used: P - individuals aged 2 to 18 diagnosed with T1DM; C - any factor influencing CRF and C - CRF, and based on these definitions the guiding question was established: “What factors influence CRF in children and adolescents with T1DM”? The selection and extraction of studies was carried out by two independent reviewers, with the support of a third reviewer in the event of disagreements. The search in the databases resulted in 844 studies, of which 27 studies published between 1993 and 2024 were included, the majority from the American continent. As for the methodological design, observational studies predominated. The total sample involved 2,346 participants, 1,736 of whom had T1DM. The cardiopulmonary test was the most commonly used method for measuring CRF. The main factors associated with CRF were physiological and biochemical, particularly glycated hemoglobin (HbA1c), which was assessed in 26 (96.30%) studies, followed by body mass index (n= 18; 66.67%), level of physical activity (n= 10; 37.04%), body fat, lipid profile (n=7; 25.93%) time since diagnosis of the disease, age and gender (n= 6; 22.22%) blood pressure (n = 3; 11.11%) and vascular function (n= 2; 7.41%). HbA1c showed an inverse association in 48.1% of the studies. In addition, lipid profile and body fat showed predominantly negative associations with CRF, while physical activity levels were positively associated. No data was found on behavioral factors. Although most studies suggest an association between better glycemic control and higher CRF, the results were heterogeneous. On the other hand, regular physical activity was positively associated with better levels of CRF. We conclude that good glycemic control and physical activity are associated with better levels of CRF and that CRF can be a relevant marker of cardiometabolic health in children and adolescents with T1DM, contributing to the monitoring and prevention of metabolic and cardiovascular complications in this population.
Palavras-chave: Composição corporal
Consumo de oxigênio
Controle glicêmico
Teste de caminhada
Teste de esforço
Body composition
Oxygen consumption
Glycemic control
Walk test
Exercise test
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Departamento: ICV - Instituto de Ciências da Vida
Programa: Mestrado Acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/19098
Data do documento: 16-Jul-2025
Aparece nas coleções:Mestrado Acadêmico em Ciências Aplicadas à Saúde



Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons