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Clase: Dissertação
Título : Teria sido uma transição sem traumas ? Uma análise da trajetória de Datila: uma mulher negra em busca de estratégias de inserção social no pós - abolição em Piedade do Rio Grande - MG
Autor(es): Neves, Daniele Michael Trindade
Orientador: Castro, Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de
Miembros Examinadores: Brügger, Silvia Maria Jardim
Miembros Examinadores: Thomaz, Fernanda
Miembros Examinadores: Monteiro, Lívia Nascimento
Resumo: Ao tomar como ponto de partida a análise da trajetória de Maria Cecília de Jesus, o presente trabalho tem como intuito chamar a atenção para as estratégias de inserção social adotadas por homens e mulheres negras que optaram por permanecer próximos aos antigos cativeiros logo após a Abolição da escravidão no Brasil e ao longo de todo o século XX. Maria Cecília de Jesus foi uma mulher preta, nascida em 1905 na comunidade do Cruzeiro do Rio Grande (popularmente conhecida como Desbarrancado), onde viveu até se casar e mudar para um lugarejo chamado Chapada. Mais tarde, fincou residência na Fazenda da Santa Cruz, uma das muitas da região cuja origem remonta ao período escravista. Cecília foi lavadeira na Fazenda de Santa Cruz, onde também exerceu a arte de contar histórias. Os contos narrados por ela deram origem à obra Histórias que a Cecília contava, organizada por alguns daqueles que, durante a infância, lhe importunavam para que contasse histórias. Mais tarde, Cecília se tornou uma espécie de ama-seca ainda na Fazenda de Santa Cruz, onde viveu até a década de 1980, quando foi posta no asilo Lar das Velhinhas, em Barbacena - MG, onde faleceu em 1984. Analisar a trajetória de Cecília à luz da historiografia sobre o tema nos permite entender diversos elementos atrelados à vivência dos negros após a Abolição – sobre os quais ainda se sabe muito pouco. A fim de entender esses elementos ligados à vivência dos negros após a Abolição, recuamos até o século XIX, levando em consideração que os projetos de liberdade construídos ao longo dos tempos do cativeiro foram decisivos para os caminhos trilhados pelos libertos e seus descendentes após a abolição. Por fim, este trabalho examina as estratégias de inserção social adotadas por homens e mulheres negros a partir da experiência de cativeiro ao longo de todo o século XX. Tal caminho se realiza na contramão daquilo que é posto pelo historiador José Murilo de Carvalho, ao afirmar que a “transição do trabalho escravo para o livre em Piedade do Rio Grande parece ter-se verificado sem traumas”.1 Diante disso, leva-se em consideração o lugar de fala do autor mencionado como homem, branco e membro da elite local e o meu lugar de fala enquanto mulher, preta, pobre e descendente dos cativos dos quais trata o autor.
Resumen : By taking as a starting point the analysis of the trajectory of Maria Cecília de Jesus, the present work aims to draw attention to the social insertion strategies adopted by black men and women who chose to remain close to former captivity shortly after the abolition of slavery in Brazil and throughout the 20th century. Maria Cecília de Jesus was a black woman, born in 1905 in the community of Cruzeiro do Rio Grande (popularly known as Desbarrancado), where she lived until she got married and moved to a place called Chapada. Later, she took up residence at Fazenda da Santa Cruz , one of many farms in the region whose origins dates back to the slavery period. Cecília was a washerwoman at Fazenda de Santa Cruz, where she also practiced the art of storytelling. The stories narrated by her gave rise to the book Histórias que a Cecília contava (Stories that Cecília used to tell), organized by some people who, during their childhood, pestered her to tell stories. Later, Cecília became a kind of nursemaid, still at Fazenda de Santa Cruz, where she lived until the 1980s, when she was placed in the Lar das Velhinhas nursing home in Barbacena, a city in the state of Minas Gerais, where she died in 1984. Examining Cecília’s trajectory in light of the historiography on the subject allows us to understand several elements linked to the experience of black people after abolition, about which very little is still known. In order to understand these elements, linked to the experience of black people after abolition, we go back to the 19th century, taking into account that the freedom projects built throughout the times of captivity were decisive for the paths taken by the freedmen and their descendants after abolition. . Finally, this work examines the social insertion strategies adopted by black men and women based on the experience of captivity throughout the 20th century. This approach is the opposite of the one presented by the historian José Murilo de Carvalho when he states that the “transition from slave to free labor in Piedade do Rio Grande seems to have occurred without trauma”2 . In view of this, the place of speech of the author mentioned as a white men and member of the local elite and my place of speech as a black and poor woman and also descendant of the captives of which the author talks about are taken into account.
Palabras clave : Escravidão
Pós-Abolição
Rupturas
Permanências
Estratégias
Slavery
Post-abolition
Ruptures
Permanence
Strategies
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Idioma: por
País: Brasil
Editorial : Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla de la Instituición: UFJF
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-graduação em História
Clase de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI : https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18019
Fecha de publicación : 26-ago-2024
Aparece en las colecciones: Mestrado em História (Dissertações)



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