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Tipo: Dissertação
Título: Prevalência da infecção por Chlamydia trachomatis em mulheres jovens assintomáticas acompanhadas em um hospital universitário público
Autor(es): Sampaio, Fernanda Souza
Primeiro Orientador: Leite, Isabel Cristina Gonçalves
Co-orientador: Drumond, Denise Gasparetti
Membro da banca: Polisseni, Fernanda
Membro da banca: Melo, Yara Lucia Mendes Furtado de
Resumo: Uma das infecções sexualmente transmissíveis (IST) mais comuns no mundo é a causada por Chlamydia trachomatis (CT), uma bactéria gram-negativa assintomática, na maioria das vezes, mas que pode causar diversos sintomas urogenitais, sendo transmitida quase que exclusivamente por via sexual, embora também exista a transmissão vertical durante o parto. Idade abaixo de 24 anos, início da vida sexual em idade precoce, grande número de parceiros sexuais, uso irregular de preservativos, troca de parceiros sexuais, uso de drogas e álcool e passado de outras infecções sexualmente transmissíveis estão descritos na literatura como fatores de risco associados ao aumento da prevalência da infecção por Chlamydia. A infecção pode ser assintomática ou apresentar sintomas como uretrite, corrimento vaginal e uretral, sangramento intermenstrual, entre outros. Se não tratada, pode causar diversas sequelas na vida reprodutiva da mulher, além de se tornar reservatório de transmissão para novos parceiros sexuais. O diagnóstico pode ser clínico, mas, quando se trata de uma infecção assintomática, outros métodos diagnósticos devem ser usados. Testes de amplificação de ácidos nucleicos (NAATs) são os mais sensíveis para avaliação dessas amostras, sendo recomendados para o diagnóstico. O objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência da infecção por CT em pacientes jovens, assintomáticas e que tenham sido atendidas nos ambulatórios do serviço de ginecologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF). Trata-se de um estudo transversal, para o qual foram coletadas amostras de material endocervical, para serem analisadas através da técnica de amplificação de DNA, denominada NAAT pela Reação em cadeia de polimerase (PCR), de pacientes atendidas no serviço de ginecologia do HU/UFJF de fevereiro de 2022 a abril de 2024. As pacientes responderam a um questionário para avaliação do perfil de risco. Os dados foram analisados pelo programa SPSS® 20.0. Foram obtidas medidas de frequência e de tendência central. A variável de desfecho (positividade ou não para CT) foi associada às variáveis explicativas pelo teste Qui-quadrado com correção de Fischer, quando necessário, e por comparação de medianas (Mann Whitney). A análise de regressão logística permitiu o controle de variáveis confundidoras. Foi adotado o nível de significância de 5%. A amostra foi constituída em sua maioria por pacientes pretas e pardas (33% ambos), solteiras (88%) e com ensino médio incompleto (67%). A prevalência da infecção por CT apurada nesta pesquisa foi de 7%, semelhante à obtida em outras pesquisas realizadas no Brasil e em outros países em desenvolvimento. As variáveis associadas foram estado civil casada/união estável; histórico de outras IST; e história prévia de tabagismo; o que mostra a importância de incluir essa infecção na lista de infecções de notificação compulsória e de estimular o rastreamento tanto das pacientes com perfil associado à infecção quanto de seus parceiros. Por se tratar de uma infecção com múltiplas complicações ginecológicas e obstétricas, estratégias de rastreamento devem ser desenvolvidas, visto que o investimento em diagnóstico precoce e em tratamento adequado das infecções por CT representará uma redução do impacto financeiro de despesas com agravos à saúde da população, principalmente em mulheres e crianças. No Brasil, a verdadeira situação epidemiológica dessa doença não é bem conhecida, uma vez que não é de notificação compulsória. Assim, pesquisas como esta se tornam ainda mais necessárias.
Abstract: One of the most common sexually transmitted infections (STI) in the world is the one caused by Chlamydia trachomatis (CT), a gram-negative bacterium, mostly asymptomatic, that can cause various urogenital symptoms, being transmitted sexually almost exclusively, although vertical transmission is also possible in childbirth. Age below 24 years, sexual life initiation at an early age, large number of sexual partners, irregular use of condoms, change of sexual partners, use of drugs and alcohol and other sexually transmitted infections history are described in the literature as risk factors associated with increased prevalence of Chlamydia infection. The infection can be asymptomatic or can present symptoms such as urethritis, vaginal and urethral discharge, intermenstrual bleeding, among others. If left untreated, it can cause several consequences in a woman's reproductive life, in addition to becoming a reservoir for transmission to new sexual partners. The diagnosis can be clinical, but when dealing with an asymptomatic infection, other diagnostic methods must be used. Nucleic acid amplification tests (NAATs) are the most sensitive ones for the evaluation of these samples, being recommended for diagnosis. The objective of this study was to determine the prevalence of CT infection in young asymptomatic female patients who have been assisted in the gynecology service outpatient facility of the University Hospital of the Federal University of Juiz de Fora (HU/UFJF). It is a cross-sectional study, for which samples of endocervical material were collected in order to be analyzed using the DNA amplification technique, known as NAAT by Polymerase Chain Reaction (PCR), from patients treated at the gynecology service at HU/UFJF, from February 2022 to April 2024. The patients answered a questionnaire to assessment of the risk profile. The data were analyzed by the SPSS 20.0® program. Frequency and central tendency measurements were obtained. The outcome variable (positive or not for CT) was associated with the explanatory variables using the Chisquare test with Fischer correction, when necessary, and by comparing medians (Mann Whitney). Logistic regression analysis allowed the control of confounding variables. A significance level of 5% was adopted. The sample consisted of patients mostly black and brown (33% both), single (88%) and with incomplete high school (67%). The prevalence of CT infection found in this research was 7%, similar to what was obtained in other studies conducted in Brazil and in other developing countries. The associated variables were married or stable union marital status; other STIs history and previous smoking history, showing the importance of including this infection in the list of compulsory notification infections, in addition to encouraging the screening of patients with profile associated with the infection as well as their partners. Since it is about an infection with multiple gynecological and obstetric complications, screening strategies must be developed, as investment in early diagnosis and in adequate treatment of CT infections will represent a reduction in the financial impact of expenses with worsening of the population’s health, especially in women and children. In Brazil, the real epidemiological situation of this disease is not well known, as it is not compulsory to report. Hence, research like this becomes even more necessary.
Palavras-chave: Adultos jovens
Chlamydia trachomatis
Estudo de prevalência
Mulheres
Portador de infecção assintomática
Young adults
Chlamydia trachomatis
Prevalence study
Women
Asymptomatic infection carrier
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Departamento: Faculdade de Medicina
Programa: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Tipo de Acesso: Acesso Embargado
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17629
Data do documento: 25-Set-2024
Aparece nas coleções:Mestrado em Saúde (Dissertações)



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