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Tipo: Artigo de Evento
Título: Ecos de signos: reverberações da semiótica de Eco e de Peirce em histórias em quadrinhos
Título(s) alternativo(s): Echoes of signs: reverberations of Eco and Peirce’s semiotics in comics
Autor(es): Alves, Thiago Henrique Gonçalves
Calvet, Lya Brasil
Organizador(es): Braida, Frederico
Nojima, Vera Lúcia
Coutinho, Taís de Souza Alves
Campos, Fernanda de Façanha e
Ferreira, Isabela de Mattos
Resumo: A interpretação prevê continuidade. Para a semiótica peirceana, o destino natural do signo é se tornar um novo signo em uma mente intérprete. Há um viés cocriativo na interpretação: o signo cresce na interação com quem interpreta. Nos estudos de Umberto Eco, a liberdade interpretativa de quem lê alimenta a definição de leitor-modelo, um agente fruidor que coopera ativamente para completar as elipses da mensagem estética, o que caracteriza o texto como uma máquina preguiçosa (Eco, 1979). Além de prever o preenchimento das lacunas do texto, o leitor-modelo também vivencia e analisa a obra nas presentes condições sociais, culturais e históricas, “produz usos, exercícios imaginativos que conduzem a semiose para além do universo do discurso” (Lopes, 2010, p. 13). Diante dos diálogos que Eco estabelece com Peirce, como no livro Os Limites da Interpretação (2015), o trabalho aqui desenvolvido propõe evidenciar as relações entre os autores dentro do contexto das histórias em quadrinhos (HQs). Eco reconhece a importância dos estudos semióticos para as obras de arte, incluindo as HQs (2007), e defende uma análise triádica com base no código, no texto e no leitor (2009). Ao observar essa relação, Lucas (2017) utiliza a expressão do autor italiano para definir os quadrinhos como uma “máquina triplamente preguiçosa” (p. 288). Temos por objetivo elencar aproximações e distanciamentos dos autores em seus percursos teóricos e, posteriormente, aplicar esses conhecimentos à produção de uma história em quadrinhos original. O estudo de Lopes (2010) nos auxilia ao destacar a importância, para Eco, do conceito peirceano de abdução. Tipo de raciocínio que gera conjecturas, a abdução é compreendida por Eco como o mecanismo que media a interação do indivíduo com o mundo (Lopes, 2010). Como em uma história de detetive, a relação da pessoa leitora com o texto se dá por meio de uma investigação: quem lê procura pistas, no conjunto de signos postos diante de si, que validem suas interpretações como corretas ou coerentes. Na aplicação prática desta pesquisa, dentro da estrutura flexível dos quadrinhos, pretendemos inserir pistas produtivas que conduzirão a pessoa leitora na construção de múltiplas hipóteses imaginativas. Teremos como resultado uma narrativa curta, povoada por signos sugestivos, que promovam a continuidade do texto para além de si mesmo.
Abstract: -
Palavras-chave: Semiótica
Interpretação
Leitor-modelo
Abdução
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16900
Data do documento: 23-Out-2023
Aparece nas coleções:4º Encontro de Semiótica do Projeto



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