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Type: Dissertação
Title: Mito e fantasia: reflexões sobre Tolkien, subcriação e tradução
Author: Leite, Isabella Aparecida Nogueira
First Advisor: Magaldi, Carolina Alves
Referee Member: Silva, Anderson Pires da
Referee Member: Freesz, Lucian
Resumo: A presente dissertação busca entender a relação entre tradução, mitopoética e subcriação nas obras de J.R.R. Tolkien. Para tal, objetiva-se trazer três principais discussões: compreender o perfil de escrita e tradução de J.R.R Tolkien, abordando seu conceito de mitopoética e de subcriação; debater as referências dos Estudos da Tradução para aprofundar as relações entre tradução e criação; e analisar coletivamente as obras traduzidas e de autoria de J.R.R. Tolkien, para compreender como essas traduções e os épicos fazem parte de seu substrato de subcriação. Ao longo do estudo teve-se como pergunta norteadora o seguinte questionamento: como J.R.R. Tolkien utilizou a tradução como laboratório de subcriação? As hipóteses que abarcaram o viés da discussão foi de que J.R.R Tolkien almejou um laboratório de subcriação mitopoético e o construiu via tradução, e que ele utiliza a mitopoética como estratégia de subcriação. Assim, o aporte teórico tem por base os conceitos de J.R.R. Tolkien (2013) e Tzvetan Todorov (1975) sobre literatura de fantasia e o elemento fantástico, para entender a natureza fantástica nas obras de J.R.R. Tolkien, assim como a noção de Jornada do Herói de Joseph Campbell (2004) relatada por Christopher Vogler (2015). A teoria dos polissistemas elaborada por Itamar Even-Zohar (1990), para entender o caráter sistêmico da produção de J.R.R. Tolkien; e as noções sobre tradução, manipulação e reescrita de André Lefevere (1992) para entender o papel da tradução na formação de Tolkien enquanto escritor. Dessa forma, as obras do substrato épico analisadas são Sir Gawain and the Green Knight, Beowulf e Kalevala, e do Legendarium de J.R.R. Tolkien são O Hobbit e O Senhor dos Anéis. O ponto de contato entre elas se deu a partir de das lendas arthurianas e o personagem de Faramir; o herói Beowulf e os heróis da Terra-Média; a Kalevala e a elaboração de línguas ficcionais e a relação entre os personagens, Väinämöinen e Gandalf, e os objetos mágicos Sampo e o Um Anel. Após as discussões desenvolvidas nos capítulos foi possível compreender como as personagens do substrato foram integradas à narrativa de Tolkien, por exemplo o caso de Faramir; como as temáticas e as representações foram incorporadas, nas questões do Mal encarnado, no roubo de riquezas, e na existência de uma joia de poder. Tudo isso foi recriado (e subcriado) por J.R.R. Tolkien para dar forma não só às suas obras, mas também ao gênero de fantasia como conhecemos hoje.
Abstract: This dissertation aims to understand the connections between translation, mythopoetics and subcreation in the works of J.R.R. Tolkien. To this end, the objective is to bring three main discussions: understanding J.R.R Tolkien's writing and translation profile, addressing his concept of mythopoetics and subcreation; discuss Translation Studies references to deepen the connections between translation and creation; and collectively analyze the translated works authored by J.R.R. Tolkien, to understand how these translations and epics are part of his substrate of subcreation. The guiding question throughout the study was: how did J.R.R. Tolkien use translation as a laboratory for subcreation? The hypotheses that formed the basis of the discussion were that J.R.R Tolkien aimed for a mythopoetic sub-creation laboratory and built it via translation, and that he used mythopoetics as a strategy of subcration. Thus, the theoretical contribution is based on the concepts of J.R.R. Tolkien (2013) and Tzvetan Todorov (2014) on fantasy literature and the fantastic element, to understand the fantastic nature in J.R.R. Tolkien's works, as well as the notion of the Hero's Journey by Joseph Campbell (2004) reported by Christopher Vogler (2015). The theory of polysystems elaborated by Itamar EvenZohar (1990), to understand the systemic character of J.R.R. Tolkien's production; and André Lefevere's (1992) notions about translation, manipulation and rewriting to understand the role of translation in Tolkien's formation as a writer. Thus, the works of the epic substrate analyzed are Sir Gawain and the Green Knight, Beowulf and Kalevala, and of J.R.R. Tolkien's Legendarium are The Hobbit and The Lord of the Rings. The point of contact between them came from the Arthurian legends and the character of Faramir; the hero Beowulf and the heroes of Middle-earth; the Kalevala and the elaboration of fictional languages and the link between the characters, Väinämöinen and Gandalf, and the magical objects Sampo and the One Ring. After the discussions developed in the chapters, it was possible to understand how the characters from the substrate were integrated into Tolkien's narrative, for example the case of Faramir; how the themes and representations were incorporated, in the issues of Evil incarnate, the theft of wealth, and the existence of a jewel of power. All of this was recreated (and subcreated) by J.R.R. Tolkien to shape not only his works, but also the fantasy genre as we know it today.
Keywords: Criação literária
Tradução
Fantasia
J.R.R. Tolkien
Literary creation
Translation
Fantasy
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Institution Initials: UFJF
Department: Faculdade de Letras
Program: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Access Type: Acesso Aberto
Creative Commons License: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16775
Issue Date: 29-Jan-2024
Appears in Collections:Mestrado em Letras - Estudos Literários (Dissertações)



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