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Clase: Dissertação
Título : Ocorrência e evolução da vocalização em alta frequência em beija-flores (Aves: Trochilidae)
Autor(es): Morgado, Lucas Nascimento
Orientador: Guaraldo, André de Camargo
Co-orientador: Rossi, Mariana Fonseca
Miembros Examinadores: Carvalho, Beatriz Mello
Miembros Examinadores: Lima, Israel Schneiberg de Castro
Resumo: O número crescente de estudos em bioacústica trouxe à luz comportamentos anteriormente desconhecidos para vários grupos animais, tais como a capacidade dos beija-flores (Aves: Trochilidae) de vocalizarem em frequências altas (i.e., frequência pico >10kHz). Por se tratar de uma descoberta recente, os estudos sobre o tema ainda são escassos, sendo possível que outras espécies desta família tenham esta mesma capacidade, cuja origem evolutiva e manutenção no grupo ainda são pouco conhecidas. Assim, este estudo visou responder: 1) Quantas e quais espécies de beija-flor são capazes de produzir vocalizações de alta frequência? 2) As frequências de vocalização, hábitat e massa corporal das espécies são fatores que apresentam sinal filogenético em Trochilidae? 3) Qual foi a origem e o modo de evolução da vocalização de alta frequência e o tipo de hábitat associado às vocalizações de alta frequência em Trochilidae (“hipótese de adaptação acústica”)? 4) Existe uma relação entre a morfologia das espécies e os seus parâmetros acústicos? Determinamos as frequências de vocalização de 82% das espécies da família. Em seguida, analisamos o sinal filogenético e efetuamos a reconstrução do estado ancestral para 81% das espécies de Trochilidae, com base na mais recente e ampla hipótese filogenética para o grupo. Os resultados do nosso estudo expandem o número de espécies de beija-flor capazes de vocalizar em frequências elevadas de cinco para 29, além de não ter encontrado fatores evolutivos que relacionem hábitat e massa corporal com a frequência de vocalização. Os resultados sugerem que a evolução da vocalização em altas frequências em beija-flores pode estar relacionada com fatores comportamentais e não ambientais, sendo importante que estudos em curso e futuros investiguem (i) a influência do contexto comportamental na vocalização de indivíduos e espécies de Trochilidae e (ii) a capacidade neurológica de processar sinais acústicos a alta frequência pelos beija-flores. A ampla escala taxonômica do nosso estudo em Trochilidae é pioneira e foi possível por meio de dados de ciência cidadã. As nossas descobertas podem ser revistas com a inclusão de sequências moleculares nas bases de dados dos representantes de Trochilidae que ainda não foram caracterizados molecularmente expandindo a inferência de um cenário macroevolutivo acústico ainda mais robusto para Trochilidae.
Resumen : The growing number of studies in bioacoustics has brought to light previously unknown behaviors for several animal groups, such as the ability of hummingbirds (Aves: Trochilidae) to vocalize at high frequencies (i.e., peak frequency >10kHz). Due to this recent finding, studies are scarce, and it is possible that other species of this family have this same ability, whose evolutionary origin and maintenance in the group are still poorly known. Thus, this study aimed to answer: 1) How many and which hummingbird species are able to produce high-frequency vocalizations? 2) Are vocalization frequencies, habitat and species mass factors that present a phylogenetic signal in Trochilidae? 3) What was the origin and mode of evolution of highfrequency vocalization and the type of habitat associated with high-frequency vocalizations in Trochilidae (acoustic adaptation hypothesis)? 4) Is there a relationship between species morphology and acoustic parameters? We determined the vocalization frequencies of 82% of the species in the family. Then, w subsequently analyzed the phylogenetic signal and performed ancestral state reconstruction for 81% of Trochilidae species, based on the most recent and broad phylogenetic hypothesis for the group. Our study expanded the number of hummingbird species able to vocalize at high frequencies from five to 29 and found no evolutionary factors that relate habitat and mass to vocalization frequency. The results suggest that the evolution of vocalization at high frequencies in hummingbirds may be related to behavioral rather than environmental factors, and it is important that ongoing and future studies investigate (i) the influence of behavioral context on the vocalization of Trochilidae individuals and species and (ii) the neurological ability to process acoustic signals at high frequency. The taxonomic scale of our study in Trochilidae is pioneer and was possible through citizen science data. Our findings may be revisited with the inclusion of molecular sequences in databases of those representatives of Trochilidae that have not yet been molecularly characterized expanding the inference of an even more robust acoustic macroevolutionary scenario for Trochilidae.
Palabras clave : Bioacústica
Frequência pico
Hipótese de adaptação acústica
Sinal filogenético
Reconstrução do estado ancestral
Evolução fenotípica
Bioacoustics
Peak frequency
Acoustic adaptation hypothesis
Phylogenetic signal
Ancestral state reconstruction
Phenotypic evolution
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Idioma: por
País: Brasil
Editorial : Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla de la Instituición: UFJF
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
Programa: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Clase de Acesso: Acesso Aberto
Attribution 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/
URI : https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15653
Fecha de publicación : 27-abr-2023
Aparece en las colecciones: Mestrado em Biodiversidade e Conservação da Natureza (Dissertações)



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