https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15457
File | Description | Size | Format | |
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Type: | Tese |
Title: | Ecologia celular de populações de células inflamatórias do granuloma na esquistossomose mansônica |
Author: | Oliveira, Kássia Karoline Malta |
First Advisor: | Melo, Rossana Correa Netto de |
Co-Advisor: | Silva, Thiago Pereira da |
Referee Member: | Cardoso, Simone Jaqueline |
Referee Member: | Paula, Sthefane D'ávila de Oliveira e |
Referee Member: | Francisco, Juliane Siqueira |
Referee Member: | Dias, Felipe Ferraz |
Resumo: | A esquistossomose, doença tropical negligenciada, afeta humanos por séculos e permanece um grave problema de saúde pública, com altos índices de morbidade e mortalidade. Existe atualmente cerca de 240 milhões de pessoas infectadas no mundo e 700 milhões em risco de infecção em 78 países. A esquistossomose é considerada uma doença multifatorial com aspectos ambientais, comportamentais, parasitários e associados aos hospedeiros. A principal característica histopatológica da doença é a formação de granulomas ao redor dos ovos do parasito em órgãos-alvo de hospedeiros vertebrados. Os granulomas têm sido descritos como sistemas dinâmicos, multifacetados e auto-organizados com componentes do hospedeiro e do parasito. No entanto, o funcionamento dos granulomas, em diferentes órgãos-alvo, e como conter seu desenvolvimento ainda é pouco entendido. No presente trabalho, estudamos os granulomas sob o ponto de vista da ecologia celular. Classicamente, a ecologia é uma ciência interdisciplinar, moderna e ativa, que estuda comportamentos e interações dos organismos entre si e com o meio ambiente. No entanto, as perspectivas ecológicas não estão limitadas a apenas uma escala espacial e também podem ser aplicadas a células e moléculas. Aqui, propomos que o granuloma hepático causado pelo parasito S. mansoni atua como um ecossistema formado através do processo de sucessão ecológica. Alinhados com conceitos ecológicos, examinamos o granuloma não apenas como um local onde se estabelece uma comunidade de células (nicho espacial ou habitat), mas também como um local no qual as atividades funcionais dessas populações combinadas ocorrem de forma orquestrada em resposta a gradientes microambientais como citocinas e antígenos de ovo. Exploramos também os possíveis papéis que eosinófilos podem desempenhar nos granulomas, visto que é uma das populações mais abundantes nesses ecossistemas, cujos papéis funcionais permanecem obscuros e até mesmo controversos. Além disso, investigamos aspectos da composição e estrutura da comunidade celular de granulomas intestinais e hepáticos e seu desenvolvimento espaço-temporal durante a infecção experimental por S.mansoni. Com a aplicação da técnica Whole Slide Imaging (WSI) e análises ecológicas, mostramos pela primeira vez, a dinâmica espaço-temporal das comunidades celulares de granulomas intestinais e hepáticos. Nós mostramos que as populações celulares variam em quantidade de acordo com o órgão (fígado ou intestino) e o estágio evolutivo do granuloma. Investigamos também a similaridade e diversidade celular nos granulomas. Granulomas de mesmo órgão em estágios evolutivos diferentes são mais similares que granulomas de órgãos diferentes de mesmo estágio evolutivo. Granulomas intestinais apresentam maior diversidade que granulomas hepáticos. Identificamos também interações celulares, principalmente entre eosinófilos e plasmócitos com potenciais papeis funcionais. Nossos resultados ampliam o entendimento da dinâmica espaço-temporal das populações celulares nos granulomas. O melhor entendimento do granuloma esquistossomótico como um sistema ecológico pode ser a chave para desvendar a complexidade dessa resposta inflamatória e guiar futuro tratamento da doença. |
Abstract: | Schistosomiasis, a neglected parasitic infection, has affected humans for centuries and remains a serious public health problem, with high rates of morbidity and mortality. Currently, there are around 240 million people infected worldwide and 700 million at risk of infection in 78 countries. Schistosomiasis is considered a multifactorial disease with environmental, behavioral, parasitic and host-associated aspects. The main histopathological feature of the disease is the formation of granulomas around the parasite eggs in target organs of vertebrate hosts. Granulomas have been described as dynamic, multifaceted and self-organizing systems with both host and parasite components. However, the functioning of granulomas, in different target organs, and how to restrain their development is still poorly understood. In the present work, we studied granulomas from the point of view of cellular ecology. Classically, ecology is an interdisciplinary, modern, and active science that studies the behavior and interactions of organisms with each other and with the environment. However, ecological perspectives are not limited to just a spatial scale and can also be applied to cells and molecules. In the present work, we studied granulomas from the point of view of cellular ecology. Here, we propose that the hepatic granuloma caused by the parasite S. mansoni acts as an evolving ecosystem. In line with ecological concepts, we examine the granuloma not only as a site where a community of cells is established, but also as a site where the functional activities of these combined populations occur in an orchestrated way in response to microenvironmental gradients, such as cytokines and egg antigens. We also explored the possible roles that eosinophils can play in granulomas. These cells are one of the most abundant populations in granuloma, whose functional roles remain unclear and even controversial. Furthermore, we investigated aspects of the composition and structure of the cellular community of intestinal and hepatic granulomas and their spatial-temporal development during experimental infection with S. mansoni. With the application of the Whole Slide Imaging (WSI) technique and ecological analyses, we show for the first time the spacetime dynamics of the cellular communities of intestinal and hepatic granulomas. We found that the cell populations vary in quantity according to the organ (liver or intestine) and the evolutionary stage of the granuloma. We also investigated the similarity and cellular diversity in the granulomas. Granulomas from the same organ at different evolutionary stages are more similar than granulomas from different organs at the same evolutionary stage. Intestinal granulomas are more diverse than hepatic granulomas. We also identified cellular interactions, mainly between eosinophils and plasma cells with potential functional roles. Our results broaden the understanding of the spatiotemporal dynamics of cell populations in granulomas. A better understanding of the schistosomal granuloma as an ecological system may be the key to unveil the complexity of this inflammatory response and guide future treatment of the disease. |
Keywords: | Schistosoma mansoni Granulomas intestinais Granulomas hepáticos Ecologia celular Ecossistema Interações celulares Comunidade celular População celular Riqueza Diversidade Similaridade Schistosoma mansoni Intestinal granulomas Hepatic granulomas Cellular ecology Ecosystem Cell community Cell population Richness Diversity Similarity |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS |
Language: | por |
Country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
Institution Initials: | UFJF |
Department: | ICB – Instituto de Ciências Biológicas |
Program: | Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza |
Access Type: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
Creative Commons License: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15457 |
Issue Date: | 28-Dec-2022 |
Appears in Collections: | Doutorado em Biodiversidade e Conservação da Natureza (Teses) |
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