https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14374
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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Tipo: | Tese |
Título: | Impacto de um protocolo de ajuste da fração inspirada de oxigênio na frequência de hiperoxemia e uso excessivo de oxigênio em pacientes em ventilação mecânica por covid-19 |
Autor(es): | Gomes, Edimar Pedrosa |
Primeiro Orientador: | Pinheiro, Bruno do Valle |
Membro da banca: | Reboredo, Maycon de Moura |
Membro da banca: | Lima, Maria Augusta de Mendonça |
Membro da banca: | Moreira, Rodrigo de Oliveira |
Membro da banca: | Amorim, Fábio Ferreira |
Resumo: | Introdução: Pacientes com pneumonia causada pelo coronavírus (COVID-19) preenchem nas formas mais graves os critérios de síndrome do desconforto respiratório agudo, necessitando de ventilação mecânica e elevadas frações inspiradas de oxigênio (FiO2) para reversão da hipoxemia. A exposição a FiO2 acima do necessário (uso excessivo de oxigênio) e níveis plasmáticos supra fisiológicos de oxigênio (hiperoxemia) podem estar associados à piores desfechos. O controle da oxigenioterapia pela saturação periférica de oxigênio, além de evitar possíveis riscos, auxilia na economia desse insumo, principalmente em período de escassez. Objetivo: Avaliar se um protocolo de ajuste da FiO2 pela saturação periférica de oxigênio em pacientes em ventilação mecânica por COVID-19 pode reduzir a hiperoxemia e o uso excessivo de oxigênio. Métodos: Estudo prospectivo de coortes comparativas realizado em duas unidades de terapia intensiva (UTI) dedicadas ao tratamento de adultos infectados com COVID-19 em ventilação mecânica. Uma UTI, chamada conservadora, adotava um protocolo de ajuste de FiO2 pela saturação periférica de oxigênio e a outra UTI, chamada controle, não seguia nenhum protocolo de ajuste. Foram incluídos pacientes acima de 18 anos, com diagnóstico confirmado de COVID-19, em ventilação mecânica e excluídos pacientes hipoxêmicos nas primeiras 24 horas de intubação, pacientes intubados a mais de 24 horas antes da admissão, pacientes que necessitaram de menos de 48 horas de suporte ventilatório e pacientes em cuidados paliativos. Ambas as unidades utilizavam parâmetros protetores de ventilação mecânica. Os dados clínicos e laboratoriais foram coletados na admissão e os parâmetros ventilatórios e gasométricos nos dias 1 (D1) e 2 (D2) de ventilação mecânica. Foi definida como hiperoxemia a PaO2 >100 mmHg e definido como uso excessivo de oxigênio o emprego de FiO2 >60% em pacientes com hiperoxemia. Hiperoxemia sustentada foi definida como a presença de hiperoxemia tanto no D1 como no D2. Os desfechos secundários incluíram ocorrência de hipoxemia (PaO2<55 mmHg, independente da FiO2); número de dias livres de ventilação mecânica em 28 dias; tempo de permanência na UTI; mortalidade na UTI, mortalidade hospitalar, em 28 e 60 dias. Resultados: Oitenta e dois pacientes foram incluídos na UTI conservadora e 145 na UTI controle. Houve menor prevalência de hiperoxemia no D1 (40,2% vs. 75,9%, p <0,001), hiperoxemia no D2 (32,9% vs. 65,5%, p p <0,001) e de hiperoxemia sustentada (12,2% vs. 49,6%, p <0,001) na UTI conservadora. O uso excessivo de oxigênio também foi menos frequente na UTI conservadora no D1 (18,3% vs. 52,4%, p <0,001) e no D2 (10,9% vs. 35,2%, p <0,001) Ser admitido na UTI controle foi um fator independente associado à hiperoxemia (OR = 9,04, IC95% entre 3,94-20,73, p <0,0001) hiperoxemia sustentada (OR = 6,73, IC95% entre 2,98-15,19, p <0,0001 e ao uso excessivo de O2 (OR = 4,85, IC95% entre 2,44-9,61, p <0,001). Análise multivariada não encontrou relação entre hiperoxemia no D1, hiperoxemia sustentada ou uso excessivo de O2 quanto a mortalidade ou outros desfechos clínicos. Conclusão: Seguir um protocolo de ajuste da FiO2 foi associado a menos hiperoxemia e uso de oxigênio. Embora esses resultados não estejam associados com melhores resultados clínicos, adotar um protocolo de ajuste da FiO2 pode ser útil e seguro em um cenário de menor oferta de insumos como visto durante a pandemia de COVID19. |
Abstract: | Introduction: Patients with severe forms of pneumonia caused by coronavirus (COVID19) can meet criteria for acute respiratory distress syndrome and may require invasive mechanical ventilation with high fraction of inspired oxygen (FiO2) to reverse hypoxemia. The exposure to high FiO2 (excessive oxygen level) and elevated levels of oxygen in plasma (hyperoxemia) can be associated with worse outcomes. Than, a more conservative oxygen use controlled by peripheral oxygen saturation can reduce risks and spare oxygen. Objective: We examined weather a protocol for FiO2 adjustment can reduce hyperoxemia and excess oxygen use in COVID-19 patients mechanically ventilated. Methods: A prospective comparative cohort study conducted in two intensive care units (ICU) dedicated to COVID-10 patients in mechanical ventilation. A FiO2 adjustment protocol was already applied in one of the participant ICU (conservative-oxygen ICU) and the other, did not follow the FiO2 protocol (control-ICU). Consecutive patients aged 18 years or older, admitted in the ICUs with COVID-19 and who received invasive mechanical ventilation were eligible. We excluded patients who had received invasive mechanical ventilation for more than 24 hours before admission, patients who were ventilated for less than 48 hours, patients with hypoxemia on day 0, and those for whom life-sustaining treatment was withheld. The ventilatory parameters were set to keeping a protective mechanical ventilation. At ICU admission, clinical and laboratory data day 1 (D1) and day (2). Hyperoxemia was defined as PaO2 >100 mmHg and excess oxygen use as FiO2 >60% in patients with hyperoxemia. Sustained hyperoxemia was defined as the presence of hyperoxemia on days 1 and 2. Secondary outcomes included: occurrence of hypoxemia (PaO2 < 55 mmHg, regardless of FiO2), number of ventilator-free days at day 28, length of stay in the ICU, ICU mortality, hospital mortality in 28 and 60 days Results: Eighty-two patients from the conservative-oxygen ICU and 145 from the control ICU were included. The conservative-oxygen ICU presented lower prevalence of hyperoxemia on day 1 (40.2% vs. 75.9%, p < 0.001) and day 2 (32.9% vs. 65.5%, p< 0.001) and of sustained hyperoxemia (12.2% vs. 49.6%, p < 0.001). Excess oxygen use was less frequent in the conservative-oxygen ICU on day 1 (18.3% vs. 52.4%, p < 0.001) and day 2 (10.9% vs. 35.2%, p , p <0 .001). Being admitted in the control ICU was independently associated with hyperoxemia (OR = 9.04, IC95% (3.94-20.73), p <0.0001 1), sustained hyperoxemia (OR = 6.73, IC95% (2.98-15.19), p <0.0001) and excess oxygen use (OR = 4.85, IC95% (2.44-9.61), p <0.001 Multivariable analyses found no independent relationship between day 1 hyperoxemia, sustained hyperoxemia, or excess FiO2 use and adverse clinical outcomes. Conclusions: Following FiO2 protocol was associated with lower hyperoxemia and less excess oxygen use. Although those results were not associated with better clinical outcomes, adopting FiO2 protocol may be useful in a scenario of depleted oxygen resources, as was seen during the COVID-19 pandemic. |
Palavras-chave: | COVID-19 Hiperóxia Unidade de terapia intensiva Ventilação mecânica Hyperoxia Intensive care unit Mechanical ventilation |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
Sigla da Instituição: | UFJF |
Departamento: | Faculdade de Medicina |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil |
Licenças Creative Commons: | http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/ |
DOI: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00045 |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14374 |
Data do documento: | 11-Ago-2022 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Saúde (Teses) |
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