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Type: Dissertação
Title: Resistoma clínico intestinal de indivíduos onívoros, ovolactovegetarianos e vegetarianos estritos
Author: Silva, Suzane Fernandes da
First Advisor: Diniz, Cláudio Galuppo
Co-Advisor: Silva, Vânia Lúcia da
Co-Advisor: Machado, Alessandra Barbosa Ferreira
Referee Member: Dias, Vanessa Cordeiro
Referee Member: Neumann, Elisabeth
Resumo: As atividades humanas têm exercido intensa pressão seletiva nas comunidades microbianas na natureza, o que tem resultado em diferentes níveis de modulação dos diferentes ecossistemas microbianos. Dentre estas atividades, o uso de xenobióticos na produção de alimentos, bem como hábitos alimentares humanos figuram como forças expressivas que contribuem para o fenômeno da resistência bacteriana aos antimicrobianos. É reconhecido o fluxo genético horizontal entre microbiota exógena e microbiota intestinal humana (MIH), tendo os alimentos um importante papel na veiculação microbiana neste contexto. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar aspectos da resistência clínica da MIH entre indivíduos saudáveis com diferentes hábitos alimentares. Três grupos de voluntários com hábitos alimentares diferentes, onívoros (ON), ovolactovegetarianos (VT) e vegetarianos estritos (VG), foram submetidos à avaliação nutricional e antropométrica. A partir do DNA metagenômico obtido de amostras fecais destes indivíduos, foi avaliada, por PCR convencional, a ocorrência de 37 determinantes genéticos relacionados à resistência aos antimicrobianos de importância médica humana, para caracterização do resistoma clínico. A correlação entre os diferentes hábitos alimentares e a ocorrência de genes de resistência aos antimicrobianos (ARG) foi avaliada. Um total de 19 ON, 20 VT e 19 VG foram analisados. Não houve diferenças significativas na ingestão calórica média entre os grupos. A ingestão média de proteína foi significativamente maior em ON e o consumo de fibras e carboidratos foi maior em VG. Dos ARG pesquisados, 22 foram detectados. Nenhuma relação clara entre dietas e ocorrência de ARG foi observada. Os genes de resistência às tetraciclinas, β-lactâmicos e grupo MLS (macrolídeos, lincosamidas e estreptograminas) foram os mais frequentes, seguidos pelos genes de resistência às sulfonamidas e aminoglicosídeos. Vegetais e alimentos minimamente processados parecem ser a principal fonte de ARG para a MIH. Embora os hábitos alimentares variem entre os indivíduos, o ambiente e a ampla distribuição de ARG a partir de diferentes atividades humanas chamam atenção para a complexidade do fenômeno de resistência bacteriana aos antimicrobianos e a necessidade de seu manejo no contexto de Saúde Única.
Abstract: Human activities have exerted an intense selective pressure on microbial communities in nature, which has resulted in different levels of modulation of different microbial ecosystems. Among these activities, the use of xenobiotics in food production, as well as human eating habits, act as an expressive force that contribute to the antimicrobial resistance phenomenon. The horizontal genetic flux between exogenous microbiota and intestinal microbiota is recognized, with food having an important role in microbial transmission in this context. Thus, the objective of this study was to evaluate aspects of the clinical resistance of the human intestinal microbiota among healthy individuals with different eating habits. Three groups of volunteers with different eating habits, omnivorous (ON), ovolactovegetarians (VT) and strict vegetarians (VG), were submitted to nutritional and anthropometric assessment. From the metagenomic DNA obtained from fecal samples of these individuals, the occurrence of 37 genetic markers related to resistance to antimicrobials of human medical importance was evaluated by conventional PCR for the characterization of clinical resistome. The correlation between different eating habits and the occurrence of antimicrobial resistance genes (ARG) was assessed. A total of 19 ON, 20 VT and 19 VG were analyzed. There were no significant differences in the mean caloric intake between the groups. Mean protein intake was significantly higher in ON group and fiber and carbohydrate consumption was higher in VG group. From the screened ARG, 22 were detected. No clear relationship between diets and occurrence of ARG was observed. Resistance genes against tetracyclines, β-lactams and MLS group (macrolides, lincosamides and streptogramins) were the most frequent, followed by resistance genes against sulfonamides and aminoglycosides. Vegetables and minimally processed foods seem to be the main source of ARG for human gut microbiota. Although the eating habits vary among the individuals, the open environment and the widespread ARG from different human activities draws attention to the complexity of the antimicrobial resistance phenomenon and the need for its handling in the One Health context
Keywords: Resistoma clínico
Microbiota intestinal
Hábitos alimentares
Onívoros
Ovolactovegetarianos
Vegetarianos estritos.
Clinical resistome
Gut microbiota
Eating habits
Omnivores
Ovolactovegetarians
Strict vegetarians
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Institution Initials: UFJF
Department: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
Program: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Access Type: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Creative Commons License: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
DOI: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00066
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12780
Issue Date: 24-May-2021
Appears in Collections:Mestrado em Ciências Biológicas - Imunologia e Doenças Infecto - Parasitárias/Genética e Biotecnologia (Dissertações)
PROQUALI - Dissertações



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