https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12444
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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Tipo: | Dissertação |
Título: | Avaliação auditiva e do desenvolvimento da linguagem de 1 a 4 anos em nascidos expostos à Infecção Gestacional pelo Vírus Zika |
Autor(es): | Dias, Liora Gonik |
Primeiro Orientador: | Frônio, Jaqueline da Silva |
Co-orientador: | Chagas, Paula Silva de Carvalho |
Membro da banca: | Molini-Avejonas, Daniela Regina |
Membro da banca: | Tibiriçá, Sandra Helena Cerrato |
Resumo: | O reconhecido neurotropismo do vírus Zika, sugere que os órgãos auditivos e suas vias neurais podem ser afetados nas infecções pré-natais. Entre as possíveis manifestações estão alterações audiológicas e de linguagem, mas até o momento os dados da literatura são inconclusivos. Objetivos: verificar a prevalência de alterações auditivas precoces e tardias em crianças com Infecção Gestacional por vírus Zika (IGVZ), avaliar entre 14 e 47 meses o desenvolvimento da linguagem nesta população e sua possível correlação com as alterações encontradas nos exames auditivos. Métodos: estudo longitudinal, prospectivo, observacional de nascidos em Juiz de Fora e macro região, com diagnóstico confirmado de infecção por vírus Zika (VZ) durante a gestação. Foram programadas coletas entre 1 e 4 anos de idade quanto à audição, com o teste de Emissões Otoacústicas por Transientes (EOAT), Imitânciometria e o Potencial Evocado de Tronco Encefálico (PEATE), e a linguagem, com a Escala de Linguagem da Escala Bayley de Avaliação do Bebê e da Criança Pequena – Terceira Edição. Resultados: foram incluídos 15 participantes e a grande maioria estava com idade superior a dois anos quando realizou os exames audiológicos. Foram encontradas alterações auditivas em oito (53,33%) participantes, sete (46,67%) apresentaram baixo desempenho na linguagem em pelo menos uma das idades avaliadas e um participante apresentou perda auditiva precoce (6%), de origem neurossensorial, acompanhada de baixo desempenho na linguagem. Três (20%) participantes apresentaram todos os exames audiológicos alterados, todos com comprometimento da linguagem na mesma idade, e dois (13,33%) participantes com extensas malformações no sistema nervoso central (SNC), apresentaram importante atraso de linguagem, apesar dos resultados dos exames audiológicos estarem dentro da normalidade. Considerando três faixas etárias onde houve maior comparecimento separadamente, nove pré-escolares foram examinadas com 30 ou 31 meses, sendo quatro (44,44%) com desempenho abaixo do esperado para a idade na Escala de Linguagem da Bayley III, quatro (44,44%) com alteração em pelo menos um teste auditivo e dois (22,22%) com esses dois desfechos simultaneamente. Na faixa de 36 a 38 meses foram avaliados 11 pré-escolares e três (27,27%) tiveram alteração em pelo menos um teste auditivo e nenhum mostrou comprometimento da linguagem. Na idade de 40 a 42 meses, oito pré-escolares foram examinados e dois (25%) mostraram baixo desempenho na aquisição de linguagem, três (37,50%) com alterações em pelo menos um dos testes auditivos e um (12,50%) teve esses dois desfechos. Conclusão: houve prevalência semelhante à encontrada em outras condições de risco para perda auditiva precoce e alta prevalência de perda auditiva tardia, de caráter flutuante, em lactentes e pré-escolares com IGVZ. O desenvolvimento da linguagem ficou abaixo do esperado para a idade quando os três exames audiológicos foram sugestivos de perda auditiva de condução, quando houve perda auditiva precoce ou na existência de extensas lesões do SNC. Os resultados reforçam a importância dos exames audiológicos, especialmente o PEATE morfológico e de limiar auditivo, no acompanhamento dos casos de IGZV pelo menos até os três anos de idade. |
Abstract: | The recognized neurotropism of the Zika virus, suggests that the hearing organs and their neural pathways may be affected in prenatal infections. Among the possible manifestations are audiological and language changes, but so far, the data in the literature are inconclusive. Objectives: to verify the prevalence of early and late hearing disorders in children with Gestational Infection by Zika virus (IGVZ), to evaluate between 14 and 47 months the language development in this population and its possible correlation with the alterations found in the hearing exams. Methods: longitudinal, prospective, observational study of children born in Juiz de Fora and macro region, with confirmed diagnosis of Zika virus (VZ) infection during pregnancy. Collections between 1 and 4 years of age were programmed for hearing, with the Transient Evoked Otoacoustic Emissions (TOAE) test, Immittance test and Brainstem Evoked Response Audiometry (BERA), and language, using the Bayley Scales of Infant Development – Third Edition (Bayley-III). Results: 15 participants were included, and the vast majority were over the age of two when they performed the hearing tests. Hearing disorders were found in eight (53.33%) participants, seven (46.67%) had poor language performance in at least one of the ages assessed and one participant had early hearing loss (6%), of sensorineural origin, accompanied by low language performance. Three (20%) participants had all altered hearing tests, all with language impairment at the same age, and two (13.33%) participants with extensive malformations in the central nervous system (CNS), presented significant language delay, despite the results hearing tests are within normal limits. Considering three age groups where there was greater attendance separately, nine preschoolers were examined at 30 or 31 months, four (44.44%) of which underperformed for age on the Bayley Language Scale, four (44, 44%) with alterations in at least one hearing test and two (22.22%) with these two outcomes simultaneously. In the range of 36 to 38 months, 11 preschoolers were evaluated and three (27.27%) had alterations in at least one hearing test and none showed language impairment. At the age of 40 to 42 months, eight preschoolers were examined and two (25%) showed poor performance in language acquisition, three (37.50%) with changes in at least one of the hearing tests and one (12.50 %) had these two outcomes. Conclusion: there was a prevalence like that found in other risk conditions for early hearing loss and a high prevalence of late hearing loss, of a fluctuating character, in infants and preschoolers with IGVZ. Language development was below expectations for age when all hearing tests were suggestive of conduction hearing loss, when there was early hearing loss or in the existence of extensive CNS lesions. The results reinforce the importance of audiological examinations, especially the morphological and auditory threshold BERA, in monitoring cases of IGZV at least until the age of three. |
Palavras-chave: | Vírus Zika linguagem infantil audição perda auditiva desenvolvimento infantil Zika virus Children's language Hearing Hearing loss Child development |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
Sigla da Instituição: | UFJF |
Departamento: | Faculdade de Fisioterapia |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
Licenças Creative Commons: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12444 |
Data do documento: | 18-Dez-2020 |
Aparece nas coleções: | Mestrado em Ciências da Reabilitação e Desempenho Físico-Funcional (Dissertações) |
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