https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12370
File | Description | Size | Format | |
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Type: | Tese |
Title: | Religiosidade/Espiritualidade em uma amostra nacional de psicólogos brasileiros: perfil e implicações na prática profissional |
Author: | Paulino, Pedrita Reis Vargas |
First Advisor: | Moreira-Almeida, Alexander |
Referee Member: | Lourenço, Lélio Moura |
Referee Member: | Freitas, Marta Helena de |
Referee Member: | Souza, Márcia Helena Fávero de |
Referee Member: | Paiva, Geraldo José de |
Resumo: | Introdução: Apesar das evidências consistentes sobre a ampla prevalência de religiosidade/espiritualidade (R/E) na população global, bem como do seu impacto e importância em saúde, seja ela física e/ou mental, há uma lacuna no conhecimento da R/E dos profissionais de psicologia no Brasil e seu impacto na pesquisa e prática clínica. Objetivo: Investigar a R/E dos psicólogos brasileiros e suas repercussões na prática profissional. Método: Levantamento (survey) nacional de psicólogos brasileiros através de questionário on-line. Foram enviados e-mails a todos os psicólogos cadastrados no Canal Orienta Psi do Conselho Federal de Psicologia. O questionário abordava perfil sociodemográfico, treinamento e atuação profissional, R/E pessoal e impacto na prática clínica e de pesquisa. Foi utilizado SPSS para análises estatísticas, com estatística descritiva e regressão logística binomial. Para os dados qualitativos foi utilizada análise de conteúdo. Resultados: A maioria dos 4.300 respondentes era do sexo feminino, com elevado nível de escolaridade (pós-graduação) e atuando na prática clínica. Embora a maioria dos psicólogos tenha filiação religiosa (78,3%), a frequência dos sem religião é quase três vezes maior que o da população brasileira. Apesar da maioria dos profissionais considerar a religião benéfica para a saúde mental (62%), uma maioria também afirma não considerar as questões R/E relevantes para o tratamento proposto (65%). Acreditase que isso tenha relação com a falta de treino específico sobre como lidar com R/E na clínica, treino esse afirmado por apenas 24,2% dos respondentes. O treino predisse maior crença nos benefícios da R/E para a saúde mental (56%), bem como predisse maior frequência com que pergunta sobre R/E (184%) e com que considera relevante questões R/E (229%). Idade predisse todas as variáveis de R/E pessoal, bem como crenças sobre o efeito, abordagem e entendimento da relevância dos aspectos R/E na prática clínica. A frequência religiosa ≥1 vez por semana, envolvimento em atividades religiosas individuais ≥ 1 vez por dia e religiosidade intrínseca enquanto “verdade ou totalmente verdade” foram preditoras de crença pessoal sobre o efeito benéfico da R/E para a saúde mental. O referencial teórico Cognitivo-Comportamental foi preditor da crença sobre o efeito benéfico da R/E para a saúde mental e de considerar as questões R/E relevantes, já Comportamental e Psicanálise diminuem as chances de crer no efeito benéfico da R/E. Maior escolaridade foi preditora de menor frequência religiosa, menor frequência em atividades religiosas e menor religiosidade intrínseca, bem como maior o apego aos aspectos negativos da relação R/E e saúde. Um total de 1213 comentários foram deixados ao final do questionário, categorizados entre: abordagem na prática (582); distinção/definição de conceitos (102); R/E pessoal e influência na prática (199); tema frequenta/importante (69); treino (95); e outros (188). Conclusões: Embora os psicólogos brasileiros, em sua maioria, possuam crenças R/E e considerem importante abordar este tema na prática clínica, esses profissionais tendem a ser menos religiosos que a população a que atendem e a não terem treinamento sobre como abordar a R/E na clínica. Há necessidade de desenvolvimento de competências e habilidades para uma compreensão e inclusão desta dimensão em nossa prática de cuidados em saúde mental. |
Abstract: | Despite consistent evidence about the widespread prevalence of religiosity/spirituality (R/S) in the global population, as well as its impact and importance on clinical practice in mental health, there is a gap in the knowledge of R/S of psychology professionals in the world. Brazil and its impact on research and clinical practice. Objective: To investigate the R/S of Brazilian psychologists and its repercussions on professional practice. Method: National survey of Brazilian psychologists through an online questionnaire. Emails were sent to all registered psychologists on the Orienta Psi Channel of the Federal Council of Psychology. The questionnaire addressed sociodemographic profile, training and professional performance, personal R/S and impact on clinical and research practice. SPSS was used for statistical analysis, with descriptive statistics and binary logistic regression. For qualitative data content analysis was used. Results: Most of the 4,300 respondents were female, with a high level of education (graduate) and working in clinical practice. Although most psychologists have religious affiliation (78.3%), the frequency of those without religion is almost three times higher than the Brazilian population. Although most professionals consider religion beneficial for mental health (62%), a majority also say they do not consider R/S issues relevant to the proposed treatment (65%). This is thought to be related to the lack of specific training on how to deal with R/S in the clinic, which was stated by only 24.2% of respondents. Training predicted greater belief in the benefits of R/S for mental health (56%), as well as predicted more often with which question about R/S (184%) and which considered relevant R/S questions (229%). Age predicted all personal R/S variables, as well as beliefs about the effect, approach, and understanding of the relevance of R/S aspects in clinical practice. Religious attendance ≥1 time per week, involvement in individual religious activities ≥ 1 time per day, and intrinsic religiosity as “truth or wholly true” were predictors of personal belief about the beneficial effect of R/S on mental health. The Cognitive-Behavioral Theoretical Framework was a predictor of belief about the beneficial effect of R/S on mental health and considering relevant R/S issues, while Behavioral and Psychoanalysis decrease the chances of believing in the beneficial effect of R/S. Higher education was a predictor of lower religious frequency, lower frequency of religious activities and lower intrinsic religiosity, as well as greater attachment to the negative aspects of the R/S relationship and health. A total of 1213 comments were left at the end of the questionnaire, categorized as: practical approach (582); concept distinction / definition (102); Personal R/S and influence on practice (199); frequent/important topic (69); training (95); and others (188). Conclusions: Although most Brazilian psychologists have R/S beliefs and consider it important to address this issue in clinical practice, these professionals tend to be less religious than the population they serve and lack training on how to approach R/S in the clinical practice. Skills and abilities need to be developed to understand and include this dimension in our mental health care practice. |
Keywords: | Survey Espiritualidade Religiosidade Psicologia Saúde mental Survey Spirituality Religiosity Psychology Mental health |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
Language: | por |
Country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
Institution Initials: | UFJF |
Department: | ICH – Instituto de Ciências Humanas |
Program: | Programa de Pós-graduação em Psicologia |
Access Type: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
Creative Commons License: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12370 |
Issue Date: | 27-Sep-2019 |
Appears in Collections: | Doutorado em Psicologia (Teses) |
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