https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12348
File | Description | Size | Format | |
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Type: | Dissertação |
Title: | Impacto autopercebido da saúde bucal na qualidade de vida de mulheres privadas de liberdade em Juiz de Fora – MG |
Author: | Moraes, Ludmila Roberto |
First Advisor: | Leite, Isabel Cristina Gonçalves |
Co-Advisor: | Cruz, Danielle Teles da |
Referee Member: | Paula, Janice Simpson de |
Referee Member: | Ferreira, Efigênia Ferreira e |
Resumo: | No Brasil, aproximadamente 6% da população prisional brasileira é composta por mulheres que apesar da baixa taxa de encarceramento frente aos homens, apresenta crescimento mais incrementado que esses. A maior parte das mulheres privadas de liberdade apresenta situação prévia de vulnerabilidades, o que pode acarretar em diferenças na autopercepção da saúde bucal. As mulheres socialmente mais vulneráveis também podem ser aquelas com as piores condições de saúde bucal e acesso à serviços odontológicos e, quando estão expostas ao encarceramento, é possível que essas questões sejam potencializadas, repercutindo de forma prejudicial nas condições de saúde. O impacto dos problemas bucais tem sido associado a indicadores sociais, da mesma forma, que há associação entre o conceito de qualidade de vida e aspectos gerais de saúde, incluindo a saúde bucal. Assim sendo, o objetivo do presente estudo foi medir o impacto autopercebido da saúde bucal na qualidade de vida de mulheres acauteladas em uma unidade prisional de Juiz de Fora, Minas Gerais. Para tal foi utilizado como instrumento o Perfil de Impacto da Saúde Oral, analisada como variável dependente do estudo. Trata-se de um estudo de delineamento transversal, realizado com mulheres privadas de liberdade. Os dados foram primeiramente submetidos à análise descritiva. Para análise bivariada foram utilizados testes paramétricos e não paramétricos adequados a distribuição da variável dependente. Para análise multivariada dos fatores associados ao impacto autopercebido da saúde bucal foi utilizado um modelo teórico de determinação com três blocos hierarquizados, ajustados por regressão linear. As variáveis independentes foram ajustadas entre si dentro de cada bloco. As variáveis com nível de significância ≤ 0,10 foram incluídas no modelo de regressão linear e ajustadas ao nível superior ao seu. O nível de significância adotado foi de 5%. 99 mulheres foram avaliadas com idade média de 33 anos, maioria não-brancas (77,8%), no máximo de 9 anos completos de escolaridade (76,7%) e renda até um salário mínimo antes do encarceramento (66,7%). 81,9% das acauteladas consideram estar nos degraus mais baixos de acordo com a escala status social subjetivo Mc Arthur. Tempo médio de encarceramento de 25 meses (±38,01). 90,9 % recebem assistência de saúde na penitenciária, e o menor percentual de assistência informado relaciona-se ao atendimento odontológico (58,6%). 33% referem ter experimentado perdas dentárias após o encarceramento, com média de 3,70 (±3,26) dentes perdidos. 65,6% avaliam a satisfação com o serviço odontológico em regular e ruim. 86,9% relatou algum sintoma de ansiedade e depressão. As maiores prevalências de impacto da saúde bucal foram domínio Desconforto psicológico (50,5%) e Dor física (40,4%). Os domínios de maior impacto foram: Desconforto psicológico, Dor física, Incapacidade psicológica e Desvantagem social. Ao domínio Desconforto psicológico impactaram negativamente as variáveis: Número de consultas odontológicas no último ano e Autopercepção de saúde geral. Ao domínio Dor física, as variáveis associadas foram: Cor autodeclarada e Ansiedade. A variável Autopercepção de saúde geral impactou também os domínios Incapacidade psicológica e Desvantagem social. O OHIP-14 total foi influenciado para um pior impacto pela variável Depressão. O estudo revelou as características desta população, entendendo questões atinentes ao acesso ao serviço odontológico, identificou que a saúde bucal, dentro da autopercepção das acauteladas, impacta em sua qualidade de vida e dessa forma permite contribuir para a elaboração e planejamento de estratégias que visem melhores condições de saúde e de vida nas unidades prisionais e possibilitem minimizar os agravos à saúde durante o encarceramento. |
Abstract: | In brazil, approximately 6% of the brazilian prison population is composed of women whose rate has increased more than men’s, despite the low rate of incarceration compared. Most women who are deprived of their liberty have a previous situation of vulnerability, which can lead to differences in self-perception of oral health, and those who are more socially vulnerable are also those with the worst oral health conditions and access to dental services. Incarceration tends to potentiate these issues, affecting health conditions adversely. The impact of oral problems has been associated with social indicators, in the same way, that there is an association between the concept of quality of life and general health aspects, including oral health. Therefore, the objective of the present study is to measure the self-perceived impact of oral health on the quality of life of women in care in a prison unit in juiz de fora, minas gerais. To this end, the oral health impact profile will be used as an instrument, it is a globally used indicator to clarify the social impact of oral diseases, as it is robust in measuring dysfunction, discomfort and attributed disability caused by oral condition. This is a cross-sectional, observational study, carried out with women deprived of their liberty. The data were first submitted to descriptive analysis. For bivariate analysis, parametric and nonparametric tests were used, appropriate to the distribution of the dependent variable. For multivariate analysis of the factors associated with the selfperceived impact of oral health, a theoretical model of determination was used with three hierarchical blocks, adjusted by linear regression. the independent variables were adjusted to each other within each block. Variables with a significance level ≤ 0.10 were included in the linear regression model and adjusted to a level higher than yours. The level of significance adopted was 5%. 99 women were evaluated with an average age of 33 years, mostly non-white (77.8%), with a maximum of 9 years of schooling (76.7%) and income up to one minimum wage before incarceration (66.7%). 81.9% of the cautioners consider themselves to be on the lowest steps according to the Mc Arthur subjective social status scale. Average time of incarceration of 25 months (± 38.01). 90.9% receive health care in the penitentiary, and the lowest percentage of informed care is related to dental care (58.6%). 33% reported having experienced tooth loss after incarceration, with an average of 3.70 (± 3.26) missing teeth. 65.6% rated satisfaction with the dental service as regular and poor. 86.9% reported some symptoms of anxiety and depression. The highest prevalence of oral health impact were the domain psychological discomfort (50.5%) and physical pain (40.4%). The domains of greatest impact were: psychological discomfort, physical pain, psychological disability and social disadvantage. The psychological discomfort domain had a negative impact on the variables: no. Of dental consultations in the last year and self-perception of general health. In the physical pain domain, the associated variables were: self-reported color and anxiety. The variable self-perception of general health also had an impact on the areas of psychological disability and social disadvantage. The total ohip-14 was influenced for a worse impact by the variable depression. The study revealed how characteristics of this population, understanding issues related to access to dental services, identified that oral health, within the selfperception of those in charge, impacts their quality of life and in order to contribute to the preparation and planning of strategies that aim at better health and life conditions in prison units and make it possible to minimize health problems during incarceration. |
Keywords: | Autopercepção Mulheres Pessoas privadas de liberdade Qualidade de vida Saúde bucal Self concept Women Prisoners Quality of life Oral health |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA |
Language: | por |
Country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
Institution Initials: | UFJF |
Department: | Faculdade de Medicina |
Program: | Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva |
Access Type: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
Creative Commons License: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12348 |
Issue Date: | 4-Dec-2020 |
Appears in Collections: | Mestrado em Saúde Coletiva (Dissertações) |
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