Please use this identifier to cite or link to this item: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12064
Files in This Item:
File Description SizeFormat 
thaisoliveiradepaula.pdf3.49 MBAdobe PDFThumbnail
View/Open
Type: Tese
Title: Comunidade bacteriana em indivíduos eutróficos, com sobrepeso e obesos: estudo da microbiota fecal por abordagem metataxonômica.
Author: Paula, Thaís Oliveira de
First Advisor: Diniz, Cláudio Galuppo
Co-Advisor: Silva, Vânia Lúcia da
Referee Member: Dias, Vanessa Cordeiro
Referee Member: Ferreira Machado, Alessandra Barbosa
Referee Member: Paiva, Aline Dias
Referee Member: Resende, Juliana Alves
Resumo: A obesidade, nos dias atuais, é considerada uma pandemia, acometendo pessoas de todas as idades, sexo e etnia. É uma doença que cursa com um estado inflamatório crônico de baixo grau. Sua causa é multifatorial e está associada a complicações metabólicas de alta morbimortalidade que geram elevados custos ao sistema de saúde. A microbiota intestinal humana (MIH) possui grande importância no desenvolvimento não só da função intestinal, mas de outros sistemas corporais. Estudos recentes têm associados à MIH ao desenvolvimento e manutenção da obesidade envolvendo vários mecanismos distintos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a comunidade bacteriana intestinal, comparativamente entre indivíduos eutróficos, com sobrepeso e obesos, a partir de banco de DNA metagenômico fecal, por técnica de sequenciamento de nova geração, e correlacionar, através da análise de correlação linear de Pearson, o perfil microbiano, os dados nutricionais, laboratoriais e antropométricos previamente analisados. Foram avaliados 72 indivíduos classificados em eutróficos (n=22), com sobrepeso (n=23) e obesos (n=21), de acordo com o IMC. A análise de rarefação e o índice chao-1 mostrou que indivíduos obesos possuem menor riqueza de espécies comparado aos outros dois grupos estudados, porém não foi evidenciado diferença na composição taxonômica entre os grupos. Diferente da maioria dos estudos, não encontramos diferença estatística na abundancia dos filos Firmicutes e Bacteroidetes, nem na relação Firmicutes/Bacteroidetes, Apenas no filo Verrucomicrobia foi evidenciado uma diferença estatística significativa entre eutróficos e obesos, sendo a abundancia desse filo no grupo com sobrepeso estatisticamente igual aos dois grupos. Em relação aos gêneros os grupos de eutróficos e obesos se diferenciaram em relação aos gêneros Prevotella (P = 0,0228), Prevotella 1 (P= 0,0291), Prevotella 9 (P= 0,0178), Alistipes (P = 0,0030) e Rumicococaceae;Other (P =<0,0001) e Akkermansia (p = 0,0188), sendo o grupo com sobrepeso semelhante aos dois grupos. Entre Sobrepesos e obesos foi encontrado diferença estatística entre Alistipes (P = 0,0030), Rumicococaceae;Others (P =<0,0001) e Fecalibacterium (P= 0,0296). Entre os grupos eutrófico e com sobrepeso não foi encontrada nenhuma diferença. A microbiota core do grupo eutrófico apresentou um número consideravelmente maior de OTU´s - 188 no total em relação ao grupo com sobrepeso que apresentou 83 OTU´s e ao grupo de obesos, que por sua vez apresentou apenas 53 OTU´s comuns ao grupo, evidenciando novamente, maior riqueza nos dois primeiros grupos em relação aos obesos. A análise de correlação mostrou correlação negativa forte ou muito forte entre Firmicutes e Bacteroidetes nos três grupos estudados, sugerindo que o aumento na abundância de um deles torna o ambiente intestinal desfavorável para o outro. Em relação às correlações especificamente entre os metadados e os principais filos bacterianos, não houve nenhuma correlação estatística significativa. Concluímos que a microbiota intestinal do grupo obeso possui menor riqueza comparada aos outros dois grupos, além de uma estrutura bacteriana claramente distinta em relação a grupos taxonômicos específicos e uma microbiota core menos diversa. Indivíduos com sobrepeso comportam-se de maneira altamente heterogênea apresentando uma estrutura de microbiota intestinal intermediária.
Abstract: Obesity today is considered a pandemic affecting people of all ages, sex and race. It is a disease that curves with a chronic inflammatory state of low degree. Its cause is multifactorial and is associated with metabolic complications of high morbidity and mortality that generate high costs to the health system. The human intestinal microbiota (HIM) has great importance in the development of intestinal function. Recent studies have associated HIM with the development and maintenance of obesity involving several distinct mechanisms. The objective of the present study was to evaluate the intestinal bacterial diversity comparatively between eutrophic, overweight and obese individuals, from a database of fecal metagenomic DNA, using a new generation sequencing technique; to correlate the microbial profile with the nutritional, laboratory and anthropometric data previously analyzed. We evaluated 72 individuals classified as eutrophic (n=22), overweight (n=23) and obese (n=21) according to BMI. The rarefaction analysis and the chao-1 index showed that obese individuals have lower species richness compared to the other two groups studied, but no difference in taxonomic composition between the groups was evidenced. Unlike most studies, no statistical difference was found in the abundance of the phylos Firmicutes and Bacteroidetes, nor in the Firmicutes/ Bacteroidetes ratio. A statistically significant difference was found in the phylum Verrucomicrobia between eutrophic and obese. Regarding bacterial genera, the groups of eutrophic and obese individuals differed in relation to the Prevotella (p = 0.0228), Prevotella 1 (p = 0.0291), Prevotella 9 (p = 0.0178), Alistipes (p = 0.0030), Rumicococaceae; Other (p =<0.0001) and Akkermansia (p = 0.0188), the overweight group being similar to the two groups. Between overweight and obese, a statistical difference was found between Alistipes (p = 0.0030), Rumicococaceae; Others (p =<0.0001) and Fecalibacterium (p = 0.0296). No difference was found between eutrophic and overweight groups. The core microbiota of the eutrophic group showed a considerably higher number of OTU's - 188 in total in relation to the overweight group that presented 83 OTU's and the obese group, which in turn presented only 53 OTU's common to the group, again showing greater wealth in the first two groups in relation to the obese. The correlation analysis showed a strong or very strong negative correlation between Firmicutes and Bacteroidetes in the three groups studied, suggesting that the increase in the abundance of one of them makes the intestinal environment unfavorable for the other. Regarding the correlations specifically between metadata and the main bacterial phyla, there was no statistically significant correlation. We concluded that the intestinal microbiota of the obese group has less richness compared to the other two groups, in addition to presenting distinct bacterial structure in relation to specific taxonomic groups and a less diverse core microbiota. Overweight individuals behave in a highly heterogeneous manner with an intermediate intestinal microbiota structure.
Keywords: Obesidade
Microbiota intestinal
Biblioteca genômica 16S rRNA
Obesity
Intestinal microbiota
Genome library 16S rRN
CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Institution Initials: UFJF
Department: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
Program: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Access Type: Acesso Aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
Creative Commons License: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12064
Issue Date: 1-Dec-2020
Appears in Collections:Doutorado em Ciências Biológicas - Imunologia e Doenças Infecto - Parasitárias/Genética e Biotecnologia (Teses)



This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons