Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11713
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
kátiareginalopesalves.pdfPDF/A13.06 MBAdobe PDFThumbnail
Visualizar/Abrir
Tipo: Tese
Título: Avaliação de injúria cardíaca pós quimioterapia em alta dose para transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas
Autor(es): Alves, Kátia Regina Lopes
Primeiro Orientador: Hallack Neto, Abrahão Elias
Co-orientador: Santos, Kelli Borges dos
Membro da banca: Martinez, Daniel Godoy
Membro da banca: Paula, Erich Vinícius de
Resumo: Pacientes que recebem transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas têm uma maior incidência cumulativa de complicações cardiovasculares. Entre os fatores de risco associados a essas complicações estão a quimioterapia administrada no condicionamento, a terapêutica pré transplante e fatores de risco cardiovasculares pré existentes. Desta forma objetivamos avaliar a incidência e o grau de cardiotoxicidade precoce após regime de condicionamento para transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas. Foram avaliados todos os pacientes submetidos a transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora e Hospital Monte Sinai, entre março de 2018 a maio de 2019 e os pacientes que realizaram o procedimento no Hospital Universitário em outubro de 2019. Os dados relativos ao exame físico pré e pós quimioterapia de condicionamento e resultados de exames propedêuticos rotineiros foram coletados, sendo solicitados dosagem de troponina I antes do condicionamento, no início da neutropenia e aproximadamente 30 dias após a infusão da célula tronco hematopoiética. Foi realizado ecocardiograma 30 a 60 dias após o transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas, classificando as alterações de acordo com a Diretriz Brasileira de Cardio-Oncologia da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Dos 33 pacientes avaliados, 7 (21,2%) apresentaram cardiotoxicidade pelo ecocardiograma, sendo que 4 apresentaram cardiotoxicidade grau I e 3 pacientes grau II. Um paciente apresentou alteração no exame de TnI no nadir pós quimioterapia e um paciente teve o exame positivo 30 dias após o transplante. Ambos sem associação com alteração precoce no ecocardiograma realizado após transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas. Houve uma redução de 71,53% para 64,75% entre as médias de fração de ejeção de ventrículo esquerdo pré e pós condicionamento (p = 0,00013). A correlação de Pearson se mostrou positiva (0,40) quando avaliada a administração de mais que 9g de ciclosfosfamida e cardiotoxicidade. Alterações clínicas do aparelho cardiovascular demonstra relação com estadiamento avançado e mais que um ano entre o diagnóstico e transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (p = 0,01, em ambos). Sinais específicos de congestão têm correlação com radioterapia em área cardíaca e uso de mais que 400mg de doxorrubicina pré-transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas (p = 0,02 e p = 0,01, respectivamente). Nossos achados permitem concluir que a injúria cardíaca é um evento presente nos pacientes submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas e está mais associada a terapêutica pré transplante que a quimioterapia de condicionamento em nossa avaliação. No entanto estudos com um maior número de pacientes e padronização de exames capazes de identificar cardiotoxicidade precocemente, antes que a lesão se torne irreversível, ainda são necessários.
Abstract: Patients who receive autologous hematopoietic stem cell transplantation (AHSCT) have a higher cumulative incidence of cardiovascular complications. Among the risk factors associated with these complications are chemotherapy administered in conditioning, pre-transplant therapy and pre-existing cardiovascular risk factors. Thus, we aim to evaluate the incidence and the degree of early cardiotoxicity after conditioning for autologous hematopoietic stem cell transplantation. All patients undergoing autologous hematopoietic stem cell transplantation at the University Hospital of Universidade Federal de Juiz de Fora and Hospital Monte Sinai between March 2018 and May 2019 were evaluated, and the patients who underwent the procedure at University Hospital in October 2019. Data related to physical examination before and after conditioning chemotherapy and results of routine propaedeutic examinations were collected, and troponin I dosage was requested before conditioning, at the beginning of neutropenia and approximately 30 days after hematopoietic stem cell infusion. An echocardiogram was performed 30 to 60 days after autologous hematopoietic stem cell transplantation, classifying the changes according to the Brazilian Cardio-Oncology Directive of the Brazilian Society of Cardiology. Of the 33 patients evaluated, 7 (21.2%) had cardiotoxicity by echocardiogram, 4 of which had grade I cardiotoxicity and 3 patients had grade II. One patient had a change in the TnI test in nadir after chemotherapy and one patient had a positive test 30 days after transplantation. Both were not associated with an early change in echocardiogram performed after autologous hematopoietic stem cell transplantation. There was a reduction from 71.53% to 64.75% between the mean left ventricular ejection fraction before and after conditioning (p = 0.00013). Pearson's correlation was shown to be positive (0.40) when the administration of more than 9g of cyclophosphamide and cardiotoxicity was evaluated. Clinical changes in the cardiovascular system demonstrate a relationship with advanced staging and more than one year between diagnosis and autologous hematopoietic stem cell transplantation (p = 0.01, in both). Specific signs of congestion correlate with radiotherapy in the cardiac area and use of more than 400mg of doxorubicin before autologous hematopoietic stem cell transplantation (p = 0.02 and p = 0.01, respectively). Our findings allow us to conclude that cardiac injury is an event present in patients undergoing autologous hematopoietic stem cell transplantation and is more associated with pre-transplant therapy than conditioning chemotherapy in our assessment. However, studies with a larger number of patients and standardization of tests capable of identifying cardiotoxicity early, before the lesion becomes irreversible, are still necessary.
Palavras-chave: Antineoplásicos
Cardiotoxicidade
Fatores de risco
Transplante autólogo
Transplante de células-tronco hematopoiéticas
Antineoplastic agents
Cardiotoxicity
Risk factors
Transplantation autologous
Hematopoietic stem cell transplantation
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Departamento: Faculdade de Medicina
Programa: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11713
Data do documento: 13-Mar-2020
Aparece nas coleções:Doutorado em Saúde (Teses)



Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons