https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1043
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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carolinaalvesmagaldi.pdf | 1.71 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Tipo: | Tese |
Título: | Paratextos das traduções brasileiras da Kalevala e do Popol Vuh ao longo do espaço e do tempo |
Autor(es): | Magaldi, Carolina Alves |
Primeiro Orientador: | Carrizo, Silvina Liliana |
Membro da banca: | Otte, Georg |
Membro da banca: | Cardoso, Marilia Rothier |
Membro da banca: | Sérgio Ferreira, Rogério de Souza |
Membro da banca: | Oliveira, Maria Clara Castellões de |
Resumo: | A Kalevala finlandesa e o Popol Vuh guatemalteco têm inúmeras e surpreendentes similaridades, bem como uma quantia equiparável de diferenças marcantes. Algumas questões, entretanto, ressaem sobre as outras: suas origens orais, transpostas para o universo escrito em momentos de crise; suas numerosas retraduções e os extensos prefácios, posfácios e introduções escritos por teóricos-tradutores especialistas nas obras, contendo informações sobre o texto-fonte e seu contexto, a respeito do processo de tradução, além de dados sobre os povos e territórios nos quais as narrativas se originaram. Tais paratextos se constituem como ―zonas de transação‖ (GENETTE, 2009), nos quais as negociações de sentido entre tradutores anteriores, versões atuais, editoras e universidades se tornam visíveis em meio ao fazer tradutório, movimentando as obras em seus polissistemas literários e culturais. O ingresso brasileiro neste processo é recente, com a tradução de Sérgio Medeiros para o Popol Vuh (Iluminuras, 2007) e de José Bizerril e Álvaro Faleiros para a Kalevala (Ateliê Editorial, 2009). Nessas edições brasileiras, os temas mais recorrentes nas versões internacionais também se fazem presentes, com destaque para a história e a tradução, saberes esses voltados ao passado, os quais contribuem sobremaneira para a construção do imaginário espacial. Detalhamos, portanto, as obras e seus paratextos para que possamos nos dedicar ao estudo da história e da tradução a partir dos eixos temporal e espacial, optando, sempre que possível, por contemplar teóricos que discorressem sobre ambos os saberes, em especial Walter Benjamin, Paul Ricoeur e Itamar Even-Zohar. Concluímos que a literatura e tradução são polissistemas, ou seja, conjuntos relacionais e hierárquicos em eterna construção de conexões, desenvolvidas e renovadas ao longo do tempo. Os paratextos, tão ―híbridos‖ quanto os textos que vêm a apresentar, são parte integrante das grandes negociações interculturais, políticas e literárias operadas pela tradução. Por esse motivo propomos a noção de prisma, de forma a oferecer uma possibilidade de interpretação que demonstrasse os discursos que atravessam a Kalevala e o Popol Vuh, e de que forma as obras se configuram tanto como bens simbólicos quanto como produtoras de sentido. |
Abstract: | The Finnish Kalevala and the Guatemalan Popol Vuh have countless and surprising similarities, as well as a somewhat equal amount of remarkable differences. Some matters, however, must be highlighted: their oral origins, transfigured into a written world in moments of crisis; their numerous retranslations and the extensive prefaces, postfaces and introductions written by theorist-translators specialized on the books, containing information about the source-text and its context, the process of translation, besides data regarding the peoples and territories where the narratives originated. Such paratexts constitute ―zones of transaction‖ (GENETTE, 2009), in which negotiations of meaning between past translators, present versions, publishing houses and universities become visible amid the translating activity, moving the works in their literary and cultural polysystems. The Brazilian point on entry in this process is recent, with the translation of the Popol Vuh by Sérgio Medeiros (Iluminuras, 2007) e of the Kalevala by José Bizerril and Álvaro Faleiros (Ateliê Editorial, 2009). In these Brazilian editions, the most recurrent themes in the international versions are also made present, i.e., history and translation, both forms of knowledge facing the past, which contribute greatly to the construction of a concept of space. We detailed, therefore, the works and their paratexts so that we could, then, dedicate ourselves to the study of history and translation on the axes of time and space, choosing, whenever possible, to contemplate authors who discussed both fields, especially Walter Benjamin, Paul Ricoeur and Itamar Even-Zohar. We concluded that literature and translation are polysystems, that is, relational and hierarchical gatherings eternally building connections, developed and renewed as time passes. The paratexts, as hybrid as the texts they aim to present, are part of the great intercultural, political and literary negotiations operated by translation, which is the reason why we proposed the notion of the prism, so as to offer a possibility of interpretation that demonstrated the discourses run through the Kalevala and the Popol Vuh, and in which manner the works are configured both and symbolic goods and as producers of meaning. |
Palavras-chave: | Tradução História Paratexto Espaço Tempo Translation History Paratext Space Time |
CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Juiz de Fora |
Sigla da Instituição: | UFJF |
Departamento: | Faculdade de Letras |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1043 |
Data do documento: | 22-Mar-2013 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Letras - Estudos Literários (Teses) |
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