Please use this identifier to cite or link to this item: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17104
Files in This Item:
File Description SizeFormat 
tailanedeoliveiradias.pdf4.86 MBAdobe PDFView/Open
Full metadata record
DC FieldValueLanguage
dc.contributor.advisor1Castro, Hebe Maria da Costa Mattos Gomes de-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/2719300158070968pt_BR
dc.contributor.referee1Andrade, Mateus Rezende-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5026253874029926pt_BR
dc.contributor.referee2Monteiro, Lívia Nascimento-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/0668067809335427pt_BR
dc.creatorDias, Tailane de Oliveira-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/0041135991300123pt_BR
dc.date.accessioned2024-08-08T15:45:25Z-
dc.date.available2024-08-08-
dc.date.available2024-08-08T15:45:25Z-
dc.date.issued2024-03-27-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17104-
dc.description.abstractWeaving every single memory thread of captivity, freedom and related written sources, this work goes through slaves, masters and their descendants’ times and spaces, from the nineteenth century to the present, enabling the understanding of how the slave and post-slave São José do Barroso society (currently Paula Cândido) was formed and developed in the Córrego do Meio and Chácara quilombola surroundings. Through a microscopic analysis, part of the local elites’ movement and the role of the master families as a source of wealth are highlighted; also, slaves’ identity redrafting and uprooting processes. Taking into account slavery’s social history approach and the post-abolition period, reflection is given of the “pasts-presents” which have confirmed such reality, through the notion of paternalism, by means of a micro and macro perspectives. Social patterns built upon such bonds alternated between masters’ control and the margins of slaves’ autonomy, whose profound causes are found in the formation of captive families, the formation of family-like ties and participation in communal celebrations, religious or not. By intimately approaching masters and slaves, this pattern made it possible to negotiate the right to a minimally dignified life, from the formation of slave families to small communities by these individuals as time went by, whose memories have been recovered. From captivity to the post-abolition period, this temporal comprehension was possible mainly by listening to oral accounts, be it slaves’ or former masters’ descendants (the latter regarding only Córrego do Meio’s history), revealing the very thin line between slavery and freedom, which have reinforced an unjust and unequal reality. However, with the current changes brought about by the quilombola land registration process, it is possible to render problematic the open possibilities to break with paternal bonds. Guided by the Italian microhistory and oral history notions, this dissertation aims to contribute to the reflection on African descendants’ rights to history and memory, made possible by a process of subverting source silence – which have been conditioned by the correlation of past forces and delicate processes related to memory transmition by sensitive people. This work is aware that, in the memory wheels, both quilombola communities still have many loosen threads waiting for weavers to continue pulling together their histories and memories.pt_BR
dc.description.resumoTecendo fio por fio das memórias da cativaria e da liberdade com as fontes escritas, este trabalho percorre espaços e tempos vivenciados por escravizados e senhores e seus descendentes, principalmente do século XIX aos dias atuais, permitindo compreender como a pequena sociedade escravista e pós-escravista de São José do Barroso (antigo nome de Paula Cândido) se formou e se desenvolveu ao entorno das comunidades quilombolas Córrego do Meio e Chácara. A partir de um olhar ao microscópio, evidencia-se o movimento migratório de uma parte das elites do local e o papel das famílias senhoriais como lócus de riqueza e de poder; bem como os processos de desenraizamento e reelaboração identitária dos próprios escravizados. Dentro da perspectiva da história social da escravidão e do pós-abolição, lança reflexões sobre os “passados-presentes” que conformaram tal realidade, através do conceito de paternalismo, analisado sob olhares micro e macro-analíticos. Os padrões sociais construídos sobre tais amarras oscilavam entre o controle senhorial e as margens de autonomia dos escravizados, cujas raízes profundas estão na identificação da formação de famílias cativas, na construção de laços de compadrio e da participação em momentos festivos e religiosos. Interligando tão intimamente senhores e escravizados, esse padrão possibilitava a negociação do próprio direito de existir de uma maneira minimamente digna, como na formação de uma pequena comunidade por estes, cujas memórias afetivas foram reconstituídas. Da cativaria ao pós-abolição, a compreensão desta temporalidade foi possível principalmente a partir das narrativas orais, tanto de descendentes de escravizados quanto de fazendeiros (sendo que estas últimas narrativas dizem respeito apenas à história do Córrego do Meio), revelando como é tênue a linha entre ambos, uma vez que se prolongou uma realidade de injustiças e desigualdades. Já com as mudanças em curso com a titulação quilombola é possível problematizar as possibilidades abertas para romper com as relações paternalistas. Amparados nos pressupostos da micro-história italiana e também da história oral, ao firmarem um compromisso com a escrita da história popular, este trabalho procura contribuir para a reflexão sobre o direito à história e à memória de afrodescendentes, em grande parte possível mediante um processo de subversão do silêncio das fontes – silêncios estes condicionados pelas relações de força do passado e por processos delicados no que diz respeito à transmissão da memória de histórias sensíveis. Conscientes de que na roda da memória de ambas as comunidades quilombolas ainda há muitos fios por fiar, este trabalho deixa vários fios soltos a espera de fiadeiros que continuem tecendo estas histórias e memórias.pt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.departmentICH – Instituto de Ciências Humanaspt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Históriapt_BR
dc.publisher.initialsUFJFpt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/*
dc.subjectMemóriapt_BR
dc.subjectComunidades quilombolaspt_BR
dc.subjectEscravidãopt_BR
dc.subjectPós-aboliçãopt_BR
dc.subjectPaternalismopt_BR
dc.subjectMemorypt_BR
dc.subjectQuilombola communitiespt_BR
dc.subjectSlaverypt_BR
dc.subjectPost-abolicionpt_BR
dc.subjectPaternalismpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIApt_BR
dc.title“E aí a minha bisavó venceu a cativaria”: tec(ss)itura das fontes orais e escritas em torno das comunidades quilombolas Córrego do Meio e Chácara, Paula Cândido/MGpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
Appears in Collections:Mestrado em História (Dissertações)



This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons