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Tipo: Dissertação
Título: A mortalidade da alma como condição para a vida boa no de rerum natura de Lucrécio
Autor(es): Silveira, André Fernandes
Primeiro Orientador: Fortes, Fábio da Silva
Membro da banca: Freire, Antônio Julio Garcia
Membro da banca: Ferreira Filho, Pedro Calixto
Resumo: A atual dissertação tem como objetivo refletir acerca da possibilidade de relacionar dois âmbitos filosóficos, prima facie, distintos, a saber, a metafísica corporalista do estatuto ontológico da alma e o tema da ética que trata da vida boa. Para realizar esse objetivo, analisamos os argumentos apresentados pelo filósofo-poeta Tito Lucrécio Caro, no Canto III de seu poema De rerum natura, para defender que a alma (animus+anima), estabelecida em sua unidade funcional com o corpo (corpus), é mortal e não preexiste e sobrevive, respectivamente, ao nascimento e perecimento do corpo. Com efeito, pensamos que esses argumentos, apresentados pelo filósofo poeta latino, só são plenamente compreendidos se colocados num pano de fundo ético que caracteriza a filosofia epicurista, isto é, uma filosofia que busca a vida boa ou a paz da alma (animi pax). Nesse sentido, através da interpretação da filosofia helenística que faz o filósofo francês Pierre Hadot, a filosofia como um modo de vida específico para cada escola e corrente de pensamento da Antiguidade, refletimos sobre esse período histórico, no qual pertencia Lucrécio, e como o discurso filosófico sobre a defesa da mortalidade da alma parece se fundamentar e se relacionar com o modo de vida epicurista. Desse modo, é através do combate às duas principais perturbações que aterrorizam o ânimo (animus) dos seres humanos, a saber, o medo da morte e o medo dos deuses, que se tornaria possível a busca pela vida boa.
Abstract: The present dissertation aims to reflect on the possibility of relating two philosophical scopes, prima facie, distinct, namely, the corporalist metaphysics of the ontological status of the soul and the theme of ethics that deals with the good life. To accomplish this objective, we analyze the arguments presented by the philosopher-poet Tito Lucrécio Caro, in Chant III of his poem De Rerum natura, to defend that the soul (animus+anima), established in its functional unit with the body (corpus) is mortal and not preexisting and survives respectively the birth and perishing of the body. Indeed, we think that these arguments, presented by the Latin poet philosopher, are only fully understood if placed in an ethical background that characterizes the Epicurean philosophy, that is, a philosophy that seeks the good life or peace of the soul (animi pax). In this sense, through the interpretation of the Hellenistic philosophy that makes the French philosopher Pierre Hadot, philosophy as a specific way of life for each school and current of thought of antiquity, we reflect on this historical period, in which Lucretius belonged, and how the philosophical discourse on the defense of the mortality of the soul seems to be based and relate to the Epicurean way of life. Thus, it is through the fight against the two main disturbances that terrorize the spirit (animus) of human beings, namely, the fear of death and the fear of the gods, that the search for the good life would become possible.
Palavras-chave: Mortalidade
Vida boa
Alma
Ética
Corporalismo
Mortality
Good life
Soul
Ethics
Corporalism
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16436
Data do documento: 17-Out-2023
Aparece nas coleções:Mestrado em Filosofia (Dissertações)



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