Profissão: repórter cinematográfico as funções e competências profissionais das origens no cinema às múltiplas telas

Abstract

Nascida no cinema, ampliada pela TV e transformada pela convergência de mídias, a centenária profissão de repórter cinematográfico teve de se adaptar para dar conta das novas possibilidades comunicacionais que surgiram ao longo do tempo. Nos primórdios, com as incursões pelo interior do Brasil, registrando em película histórias e lugares que seriam depois exibidos nas salas de cinema das grandes cidades; passando pela chegada da TV e as possibilidades do ao vivo e do videoteipe, até chegar ao período digital contemporâneo de múltiplas telas, trabalhar como repórter cinematográfico envolveu ter de assumir funções e desenvolver competências que, ao longo de mais de cem anos, nasceram, se mantiveram, se tensionaram, se transformaram ou até mesmo foram abandonadas. Amparados pelas discussões acerca de competências de Philippe Perrenoud (2000) e a partir da metodologia de Estudo de Caso (YIN, 2001) com os recursos da observação participativa e do procedimento metodológico de Análise de Conteúdo (BARDIN, 2016), este trabalho propõe então investigar essas funções e competências da profissão, dos primórdios no cinema até o momento atual de convergência de mídias. Para isso buscou-se analisar o surgimento e a evolução desses fazeres profissionais com a consolidação de um (até então, inexistente) referencial histórico específico da cinegrafia jornalística no Brasil e, em paralelo, propôs-se aprofundar a investigação sobre as funções e competências da profissão nos diferentes momentos históricos. Assim, pretende-se contribuir para o carente estado da arte da cinegrafia jornalística, em específico, o estado da arte do telejornalismo, em geral e, paralelamente, colaborar para o desenvolvimento de profissionais da área.