Please use this identifier to cite or link to this item: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/19126
Files in This Item:
File Description SizeFormat 
anapauladealmeidanunes.pdfPDF/A1.96 MBAdobe PDFView/Open
Type: Dissertação
Title: Opiniões, atitudes e crenças frente à utilização da espiritualidade e religiosidade na prática clínica de graduandos da odontologia
Author: Nunes, Ana Paula de Almeida
First Advisor: Lucchetti, Giancarlo
Referee Member: Oliveira, Rodrigo Guerra de
Referee Member: Ezequiel, Oscarina da Silva
Resumo: Este estudo teve como foco investigar a percepção, atitudes e crenças dos estudantes de graduação de odontologia da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de ForaMG (SUPREMA-JF) em relação à utilização da espiritualidade/religiosidade (E/R) na prática clínica. Trata-se de um estudo observacional, do tipo epidemiológico transversal, descritivo com abordagem quantitativa, que foi conduzido no período de agosto a dezembro de 2024. A amostra foi composta por 404 alunos que estavam matriculados e frequentando todos os períodos do curso de odontologia na mencionada instituição. Para a coleta dos dados, utilizouse o questionário Network for Research Spirituality and Health (NERSH) adaptado para os graduandos de odontologia. Os dados coletados foram analisados usando frequências absolutas e relativas, médias e desvios-padrão. Modelos de regressão logística foram construídos para investigar quais fatores estavam associados às opiniões dos estudantes sobre E/R na prática clínica. Também foi realizada uma regressão linear tendo como variável dependente o escore da escala Satisfação com a Vida. Adotou-se como significativo o valor de p < 0,05 com IC de 95%. Do total de 404 graduandos matriculados, 83,2% (336) responderam de forma integral ao questionário NERSH. Os participantes eram, na sua maioria, do sexo feminino (66,4%), solteiros (89,9%) com média de 22,22  3,60 anos. A maioria dos participantes era moderadamente a muito espiritual e religiosa (69,6% e 64,9%, respectivamente). Maior parte dos alunos acreditava que E/R tinha uma influência importante na saúde do paciente (61%), no processo de cura (60,7%), mas não na saúde bucal (25,3%). Um grande número de estudantes relatou que se sentiria confortável discutindo preocupações com E/R (69,9%), 49,6% acreditavam que era apropriado perguntar sobre a E/R do paciente e 65,4% acreditavam que era apropriado falar sobre suas próprias crenças quando o paciente perguntasse (65,4%) ou quando o dentista achasse apropriado (14,9%). A maioria dos graduandos nunca perguntou sobre questões espirituais em suas consultas clínicas (78,0%) e em cenários clínicos como um diagnóstico assustador (25,1%), cirurgia odontológica (45,1%), ansiedade e depressão (28,1%), exame de rotina (52,5%), fobia odontológica (36,7%) e doenças menores (40,3%). Sete em cada dez estudantes relataram barreiras que os desencorajam a discutir E/R com pacientes/familiares de pacientes. As barreiras mais comuns foram preocupação em ofender pacientes/familiares (47,9%), medo de falta de neutralidade profissional (33,3%), desconforto geral em discutir assuntos religiosos (30,4%), conhecimento/treinamento insuficiente (20,2%) e “não é minha tarefa” (20,2%). Apenas 15,2% dos estudantes tiveram algum treinamento formal sobre este tópico (39,6% na universidade, 35,8% no templo religioso e 24,6% lendo livros ou participando de congressos). Desta forma, pode-se concluir que, as atitudes e crenças manifestadas pelos estudantes, a espiritualidade ainda é um tema pouco explorado no contexto clínico, havendo uma escassez de treinamento nessa área, o que resulta em desconforto ao abordar essa questão com os pacientes. Constatou-se que os aspectos E/R devem ser abordados no contexto de formação e preparação de profissionais, para lidarem com a E/R relacionadas à prática clínica.
Abstract: This study aimed to investigate the perception, attitudes, and beliefs of undergraduate dentistry students at the School of Medical and Health Sciences of Juiz de Fora-MG (SUPREMA-JF) regarding the use of spirituality/religiosity (S/R) in clinical practice. This is an observational, cross-sectional, descriptive, epidemiological study with a quantitative approach, which was conducted from August to December 2024. The sample consisted of 404 students who were enrolled and attending all periods of the dentistry course at the aforementioned institution. The Network for Research Spirituality and Health (NERSH) questionnaire adapted for dentistry undergraduates was used to collect data. The data obtained were analyzed using absolute and relative frequencies, means, and standard deviations. Logistic regression models were constructed to investigate which factors were associated with students' opinions about S/R in clinical practice. A linear regression was also performed with the Satisfaction with Life scale score as the dependent variable. A p-value < 0.05 with a 95% CI was adopted as significant. Of the 404 undergraduate students enrolled, 83.2% (336) responded fully to the NERSH questionnaire. Participants were mostly female (66.4%), single (89.9%) with an average age of 22.22  3.60 years. Most participants were moderately to very spiritual and religious (69.6% and 64.9%, respectively). Most students believed that S/R had an important influence on patient health (61%), the healing process (60.7%), but not on oral health (25.3%). A large number of students reported that they would feel comfortable discussing E/R concerns (69.9%), 49.6% believed it was appropriate to ask about a patient's S/R, and 65.4% believed it was appropriate to talk about their own beliefs when the patient asked (65.4%) or when the dentist felt it was appropriate (14.9%). Most undergraduates have never inquired about spiritual issues in their clinical consultations (78.0%) and in clinical scenarios such as a frightening diagnosis (25.1%), dental surgery (45.1%), anxiety and depression (28.1%), routine checkup (52.5%), dental phobia (36.7%) and minor illnesses (40.3%). Seven out of ten students reported barriers that discourage them from discussing S/R with patients/patients’ relatives. The most common barriers were concern about offending patients/relatives (47.9%), fear of lacking Professional neutrality (33.3%), general discomfort with discussing religious matters (30.4%), insufficient knowledge/training (20.2%) and “it is not my task” (20.2%). Only 15.2% of students had any formal training on this topic (39,6% on the university, 35,8% on the religious temple and 24,6% reading books or attending congresses). Thus, it can be concluded that, based on the attitudes and beliefs expressed by students, spirituality is still a topic little explored in the clinical context, with a lack of training in this area, which results in discomfort when addressing this issue with patients. It was found that S/R aspects should be addressed in the context of training and preparation of professionals to deal with S/R related to clinical practice.
Keywords: Espiritualidade
Ciência e religião
Conhecimentos, atitudes e prática em saúde
Estudantes de odontologia
Saúde coletiva
Spirituality
Religion and science
Health knowledge
Attitudes, practice
Students dental
Public health
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::MEDICINA
Language: por
Country: Brasil
Publisher: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Institution Initials: UFJF
Department: Faculdade de Medicina
Program: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Access Type: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Creative Commons License: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/19126
Issue Date: 29-Apr-2025
Appears in Collections:Mestrado em Saúde Coletiva (Dissertações)



This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons