Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18861
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
julialopescoelho.pdfPDF/A1.01 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Tipo: Dissertação
Título: Um estudo sobre ideias da antiguidade no discurso conservador sobre questões de gênero na internet
Autor(es): Coelho, Júlia Lopes
Primeiro Orientador: Rocha, Carol Martins da
Membro da banca: Azevedo, Katia Teonia Costa de
Membro da banca: Jesus, Carlos Renato Rosário de
Resumo: Sabemos que historicamente ideias relacionadas (ou construídas a partir) da Antiguidade já serviram para validar diferentes tipos de discursos, como afirma Helen Morales em seu livro, Presença de Antígona (2021, p. 15): “A Antiguidade Clássica foi usada para justificar o fascismo, a escravidão, a supremacia branca e a misoginia”. Tal questão, inclusive, já vem motivando discussões por parte de estudiosos, como DuBois (2001), Zuckerberg (2018), Peralta (2020) e Morales (2021), a respeito de como os temas abordados nas produções escritas da Antiguidade greco-romana têm influenciado o pensamento, sobretudo, no Ocidente, a partir de interpretações variadas ao longo do tempo e também a depender do espectro político de quem as propõe. Dessa forma, diante da necessidade de realizar em nosso país pesquisas semelhantes às dos estudiosos mencionados e, pensando na interpretação da Antiguidade que vem sendo feita por membros de comunidades Red Pill, nosso estudo visa responder a seguinte pergunta: “como a Antiguidade greco-latina vem sendo usada para embasar a discussão de diferentes temas relacionados às questões de gênero, sobretudo no ambiente de perfis antifeministas?”. Para isso, observaremos, através do método qualitativo, como isso se dá nas redes sociais, mais especificamente, em vídeos do YouTube. Selecionamos, dessa forma, um canal, denominado Pl@tinho, em que seu produtor parece estampar uma postura misógina. Interessa-nos, especialmente, o fato de que ele, por vezes, parte de concepções embasadas na Antiguidade greco-latina, para reforçar discursos e ideias relacionadas a um ideal de mulher específico: o sexo frágil e submissa ao homem. Mesmo o título de alguns vídeos pode deixar entrever a leitura que o youtuber faz do pensamento greco-romano. Portanto, analisamos quatro vídeos selecionados, através de dois eixos, quais sejam, o da representação da mulher e do conhecimento científico como ferramenta de opressão da mulher, com o objetivo de observar o modo como uma determinada imagem da Antiguidade está presente em discursos relacionados às questões de gênero na atualidade, sobretudo no Brasil.
Abstract: Historically, ideas derived from or associated with Greco-Roman antiquity have been employed to legitimize a wide range of ideological discourses, as Helen Morales notes in Antigone’s Rising (2020, p. 15): “Classical antiquity has been used to justify fascism, slavery, white supremacy, and misogyny.” This phenomenon has prompted scholars such as DuBois (2001), Zuckerberg (2018), Peralta (2020), and Morales (2021) to examine how themes present in Greco-Roman literary and philosophical traditions have shaped intellectual thought— particularly in the western world—according to varying historical contexts and across the political spectrum. Given the need for similar scholarly inquiry within the Brazilian context and in light of the interpretations of classical antiquity emerging within so-called “Red Pill” communities, this study seeks to address the following research question: “How has GrecoRoman antiquity been mobilized to support discourse on gender-related issues, particularly within anti-feminist online spaces?” To address this question, I will employ a qualitative methodology to investigate how such appropriations of classical antiquity manifest on social media platforms, with a specific focus on YouTube. I have selected the channel Pl@tinho, whose content creator appears to adopt a distinctly misogynistic stance. Of particular interest is the way in which this individual occasionally invokes concepts from Greco-Roman antiquity to support and reinforce a specific ideal of womanhood that is characterized by fragility and subordination to men. Even the titles of certain videos offer insights into how Greco-Roman thought is interpreted and recontextualized within these digital narratives. Accordingly, I will analyze four selected videos by using two analytical axes: the representation of women, and the instrumentalization of scientific discourse to justify the oppression of women. The objective is to investigate how particular images and ideas from Classical antiquity continue to influence contemporary gender discourse in Brazil, especially within anti-feminist digital subcultures.
Palavras-chave: Antiguidade clássica
Pensamento greco-latino
Gênero
Internet
Classical antiquity
Graeco-roman thought
Gender
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Departamento: Faculdade de Letras
Programa: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18861
Data do documento: 24-Mar-2025
Aparece nas coleções:Mestrado em Linguística (Dissertações)



Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons