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Clase: Dissertação
Título : Discriminação sofrida em atendimento odontológico por pessoas vivendo com HIV/AIDS: prevalência e fatores associados
Autor(es): Reis, Luísa Mendes
Orientador: Leite, Isabel Cristina Gonçalves
Miembros Examinadores: Castro, Glória Fernanda Barbosa de Araújo
Miembros Examinadores: Elias, Gracieli Prado
Resumo: O preconceito e a discriminação sofridos por pessoas vivendo com HIV/AIDS durante o atendimento odontológico constitui um problema de saúde pública recorrente. A literatura tem apontado para a existência de barreiras ao acesso e permanência destes indivíduos nos serviços de saúde. Esta discriminação pode ser relacionada a uma interação entre diversos fatores que tem potencial de modificar a qualidade do atendimento odontológico prestado a cada indivíduo. Além disso, a literatura tem apontado para a importância do entendimento da dimensão da discriminação na atenção em saúde bucal sob a ótica e percepção de pessoas vivendo com HIV/AIDS. Há uma escassez de estudos na literatura sobre a discriminação sofrida em atendimento odontológico por pessoas vivendo com HIV/AIDS. Frente ao exposto, este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência desta discriminação e os fatores associados. Foi realizado um estudo transversal com 350 pacientes ativos em atendimento no Serviço de Atenção Especializada do município de Juiz de Fora – MG com idade acima de 18 anos, no qual foram coletadas variáveis dependentes (discriminação em serviços de saúde e discriminação sofrida em atendimento odontológico) e independentes (sociodemográficas, discriminação explícita, caracterização da doença, relação participante/cirurgião-dentista e acesso à atenção odontológica) por meio de aplicação de um questionário estruturado, visando identificar fatores associados à discriminação sofrida em atendimento odontológico por pessoas vivendo com HIV/AIDS. Os dados foram processados através do software SPSS versão 20.0. Foram conduzidas análises bivariadas e regressão de Poisson robusta com estimativa das razões de prevalências brutas e ajustadas, adotando-se intervalos de confiança de 95%. Entraram no modelo múltiplo as variáveis independentes associadas com valor de p≤0,05, permanecendo no modelo final as variáveis com valor de p<0,05. Após a análise ajustada, permaneceram associadas à maior discriminação em serviços de saúde: faixa etária de 18 a 44 anos (RP = 1,13; IC95% 1,04-1,23), presenciar discriminação em serviços de saúde (RP = 1,15; IC95% 1,08-1,23), considerar o preconceito como uma barreira ao acesso a serviços de saúde (RP = 1,09; IC95% 1,01-1,17), ter seus direitos reprodutivos violados (RP = 1,16; IC95% 1,00-1,34) e ter o atendimento negado por cirurgião-dentista (RP = 1,14; IC95% 1,01-1,27). Permaneceram associadas à maior discriminação em atendimento odontológico: faixa etária de 45 a 59 anos (RP = 1,11; IC95% 1,00-1,23), discriminação por familiares (RP = 1,21 IC95% 1,10-1,32), sentir-se discriminado em serviços de saúde (RP = 1,26 IC95% 1,07-1,49) e ter atendimento negado por cirurgião-dentista (RP = 1,33 IC95% 1,11-1,59). Os resultados apontam para a necessidade de educação permanente de profissionais e maior informação sobre direitos do paciente. Além disso, há a presença de lacunas na formação e na assistência odontológica no que se refere à compreensão da face estigmatizada das pessoas vivendo com HIV/AIDS pelo cirurgião-dentista.
Resumen : Prejudice and discrimination suffered by people living with HIV/AIDS during dental care constitute a recurrent public health problem. The literature has pointed to the existence of barriers to the access and retention of these individuals in health services. This discrimination can be related to an interaction between several factors that have the potential to modify the quality of dental care provided to each individual. In addition, the literature has pointed to the importance of understanding the dimension of discrimination in oral health care from the perspective and perception of people living with HIV/AIDS. There is a scarcity of studies in the literature on discrimination suffered in dental care by people living with HIV/AIDS. In view of the above, this study aimed to evaluate the prevalence of this discrimination and the associated factors. A crosssectional study was conducted with 350 active patients receiving care at the Specialized Care Service in the city of Juiz de Fora, Minas Gerais, aged over 18 years. Dependent variables (discrimination in health services and discrimination suffered in dental care) and independent variables (sociodemographic variables, explicit discrimination, characterization of the disease, participant/dentist relationship, and access to dental care) were collected through the application of a structured questionnaire, aiming to identify factors associated with discrimination suffered in dental care by people living with HIV/AIDS. Data were processed using SPSS software, version 20.0. Bivariate analyses and robust Poisson regression were conducted to estimate crude and adjusted prevalence ratios, adopting 95% confidence intervals. The independent variables associated with a p-value ≤0.05 were included in the multiple model, while the variables with a p-value <0.05 remained in the final model. After adjusted analysis, the following remained associated with greater discrimination in health services: age group from 18 to 44 years (PR = 1.13; 95%CI 1.04-1.23), witnessing discrimination in health services (PR = 1.15; 95%CI 1.08-1.23), considering prejudice as a barrier to access to health services (PR = 1.09; 95%CI 1.01-1.17), having one's reproductive rights violated (PR = 1.16; 95%CI 1.00-1.34) and having care denied by a dentist (PR = 1.14; 95%CI 1.01-1.27). The following remained associated with greater discrimination in dental care: age group from 45 to 59 years (PR = 1.11; 95%CI 1.00-1.23), discrimination by family members (PR = 1.21; 95%CI 1.10-1.32), feeling discriminated against in health services (PR = 1.26; 95%CI 1.07- 1.49) and having care denied by a dentist (PR = 1.33; 95%CI 1.11-1.59). The results point to the need for ongoing education of professionals and greater information on patient rights. Furthermore, there are gaps in dental training and care regarding dentists' understanding of the stigmatized face of people living with HIV/AIDS.
Palabras clave : HIV
Preconceito
Estigma social
Odontologia
Prejudice
Social stigma
Dentistry
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Editorial : Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla de la Instituición: UFJF
Departamento: Faculdade de Medicina
Programa: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Clase de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI : https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/18005
Fecha de publicación : 16-dic-2024
Aparece en las colecciones: Mestrado em Saúde Coletiva (Dissertações)



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