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Tipo: Tese
Título: Representação social do processo saúde-doença na perspectiva dos trabalhadores do Sistema Prisional de Juiz de Fora: o lugar ocupado pelas doenças infectocontagiosas
Autor(es): Ferreira, Luiza Vieira
Primeiro Orientador: Silva, Girlene Alves da
Membro da banca: Souza, Fabiana Barbosa Assumpção de
Membro da banca: Rocha, Julio Cesar Cruz Collares da
Membro da banca: Almeida, Geovana Brandão Santana
Membro da banca: Silva, Érika Andrade e
Resumo: Introdução: No Brasil, apesar de o direito à saúde dos indivíduos privados de liberdade ser garantido em legislação federal, na prática, ele não é aplicado plenamente e, no que tange aos trabalhadores que desenvolvem atividades laborais dentro do Sistema Prisional, a precariedade da saúde é ainda mais acentuada. O estado de saúde de um indivíduo está intimamente relacionado ao seu estilo de vida, além de ser conduzido pelo bem-estar, autocuidado e práticas de promoção da saúde. É necessário que as práticas assistenciais em torno da saúde sejam direcionadas não somente para os indivíduos privados de liberdade, mas também para os trabalhadores dos estabelecimentos penais por transitarem pelos mesmos espaços e estarem vulneráveis às mesmas adversidades relativas às condições de saúde, pois todos os indivíduos desenvolvem comportamentos com base no meio em que se relacionam, apesar de, aparentemente, serem escolhas individuais. Objetivos: Analisar as representações sociais dos trabalhadores que atuam no Sistema Prisional de Juiz de Fora sobre o processo de saúde nas doenças infectocontagiosas; descrever o perfil sociodemográfico dos trabalhadores de saúde que atuam no Sistema Prisional de Juiz de Fora; conhecer as representações sociais dos trabalhadores de saúde que atuam no Sistema Prisional de Juiz de Fora sobre saúde e as doenças infectocontagiosas; discutir a vulnerabilidade dos trabalhadores de saúde que atuam no Sistema Prisional de Juiz de Fora às doenças infectocontagiosas. Metodologia: Estudo de abordagem qualitativa, com o suporte teórico metodológico da Teoria das Representação Sociais, realizado com 18 trabalhadores de saúde do Sistema Prisional do município de Juiz de Fora. Os dados foram coletados por meio de roteiro semiestruturado no ambiente de trabalho dos participantes. A análise dos dados foi realizada concomitantemente com o trabalho de campo. Foram utilizados os recursos do Microsoft Word®, como banco de dados das entrevistas transcritas que, posteriormente, foram submetidas a um software OpenLogos® para a edição textual desses dados. A interpretação dos dados ocorreu segundo a Análise de Conteúdo de Bardin. Resultados: Da análise dos depoimentos emergiram duas categorias: representações sociais sobre as doenças infectocontagiosas; condições de trabalho: vulnerabilidade dos trabalhadores de saúde do Sistema Prisional. As representações evidenciadas no estudo demonstram que os trabalhadores estão desenvolvendo suas atividades de forma repetitiva, mas sem o devido suporte da instituição, o que gera uma sobrecarga de trabalho, além de atividades sem o devido direcionamento. As representações sociais dos trabalhadores de saúde sobre as doenças infectocontagiosas refletem a vulnerabilidade no trabalho, além de uma compreensão multifacetada que abarca desde os mecanismos de transmissão até a percepção das barreiras institucionais que dificultam a implementação eficaz de medidas preventivas. A falta de materiais e a necessidade de uma capacitação contínua destacam a importância de políticas que considerem as especificidades do ambiente prisional para garantir a eficácia das ações de saúde pública. Considerações finais: As prisões apresentam desafios únicos no controle das doenças infectocontagiosas. É essencial considerar as representações dos trabalhadores de saúde no ambiente prisional que convivem diariamente com os indivíduos privados de liberdade e enfrentam a precariedade das condições de trabalho.
Abstract: Introduction: Despite being a right guaranteed by Law and federal regulations, the right to health of the Population Deprived of Liberty is still precarious and, when we direct our gaze to Workers, among the various professional categories that carry out work activities within the In the Prison System, health precariousness is even more pronounced. An individual's health status is closely related to their lifestyle, in addition to being driven by well-being, self-care and health promotion practices. In this sense, it is necessary that health care practices are directed not only to the population deprived of liberty, but also to workers in penal establishments, due to the fact that they transit through the same spaces and are vulnerable in the face of the same health conditions, as we have to all individuals develop behaviors based on the environment they relate to, despite apparently being individual choices. Objective: To analyze the Social Representations of workers who work in the Prison System of Juiz de Fora on the health process and infectious diseases; describe the sociodemographic profile of health workers who work in the Juiz de Fora Prison System; know the social representations of workers who work in the Juiz de For a Prison System regarding health and infectious diseases; discuss the vulnerability of health workers who work in the Juiz de For a Prison System in the face of infectious diseases. Methodology: Study of a qualitative approach with the methodological theoretical support of the Theory of Social Representations, carried out with 18 health workers from the Prison System in the municipality of Juiz de Fora. Data will be collected through a semi-structured script in the participants' work environment. It should be noted that no electronic device, such as a recorder, will be used for data collection, at the request of the local management of the Prison System. Microsoft Word® resources will be used, as a database of transcribed interviews, which will later be submitted to free software, OpenLogos® for textual editing of these data. Data interpretation will occur according to Bardin's Content Analysis. Results: From the analysis of the statements, two categories emerged: social representations about infectious diseases; working conditions: vulnerability of healthcare workers in the Prison System. The representations evidenced in the study demonstrate that workers are carrying out their activities repetitively, but without due support from the institution, which generates an overload of work in addition to activities without proper direction. Social representations of health work on infectious diseases reflect vulnerability at work in addition to a multifaceted understanding that ranges from transmission mechanisms to the perception of institutional barriers that hinder the effective implementation of preventive measures. The lack of materials and the need for continuous training highlight the importance of policies that consider the specificities of the prison environment to guarantee the effectiveness of public health actions. Final considerations: Prisons present unique challenges in controlling infectious diseases. It is essential to consider the representations of health workers in the prison environment who live daily with individuals deprived of liberty and face precarious working conditions.
Palavras-chave: Doenças infectocontagiosas
Penitenciárias
Representação social
Saúde do trabalhador
Trabalhadores
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Departamento: Faculdade de Medicina
Programa: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17412
Data do documento: 15-Ago-2024
Aparece nas coleções:Doutorado em Saúde Coletiva (Teses)



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