Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17053
Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
patriciapereiradealmeida.pdf2.44 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir
Tipo: Tese
Título: Nível de ativação e fatores associados em pessoas vivendo com diabetes cadastradas na atenção primária à saúde
Autor(es): Almeida, Patrícia Pereira de
Primeiro Orientador: Aguiar, Aline Silva de
Membro da banca: Toffolo, Mayla Cardoso Fernandes
Membro da banca: Nunes, Raquel Moreira
Membro da banca: Leone, Denise Rocha Raimundo
Membro da banca: Nunes, Renato Moreira
Resumo: Considerando a magnitude do diabetes mellitus como doença crônica não transmissível é essencial a autogestão da doença pelo indivíduo visando o sucesso do tratamento. A Atenção Primária à Saúde representa um cenário para investigação de fatores relacionados a complicações de doenças crônicas e para fornecer orientações que gerem maior autonomia ao indivíduo. Objetivo: Avaliar o nível de ativação em pessoas com diabetes cadastradas na Atenção Primária à Saúde e fatores associados em uma cidade da Zona da Mata Mineira. Metodologia: Estudo transversal com pessoas com diabetes na Atenção Primária à Saúde. Aplicou-se questionário para dados de identificação, sociodemográficos, estilo de vida, condições de saúde e hemoglobina glicada registrada no prontuário eletrônico. As características de alimentação foram obtidas pelo marcador de consumo alimentar do SISVAN e o nível de ativação avaliado pela escala Patient Activation Measure® de 13 itens. A análise de dados foi realizada por estatística descritiva, teste qui-quadrado de Pearson e regressão de Poisson. Resultados: Participaram deste estudo 120 pessoas, a maioria do sexo feminino (72,5%; n=87) e a média de idade de 54,63 ± 11,22 anos. O tempo médio de diagnóstico de diabetes foi de 8,21 ± 6,77 anos, sendo 92,5% diabetes do tipo 2. O escore médio da ativação foi de 50,62±6,07 pontos e maior prevalência de indivíduos com nível 1 de ativação. Houve associação entre a maior prevalência de alta ativação e o trabalho remunerado, a realização de monitoramento da glicemia em casa e ter histórico de infarto agudo do miocárdio (IAM). Pertencer à classificação socioeconômica B1 e B2 e ter obesidade foram associados a menor nível de ativação. Quanto aos marcadores de consumo alimentar observou-se que o maior escore de ativação associou-se a maior prevalência de consumo de seis refeições no dia anterior e consumo de dois ou mais marcadores de alimentação saudável independentemente da idade, sexo, raça, classificação socioeconômica, estado civil, prática de exercício físico, tabagismo, consumo de bebida alcoólica, entretanto essas associações não se mantiveram após o ajuste por obesidade. A ingestão de frutas no dia anterior também se associou ao maior nível de ativação, independente do sexo e idade dos participantes, tal associação não se manteve após todos os ajustes. O maior escore de ativação foi associado ao menor consumo de hambúrgueres e embutidos no dia anterior independente de todas as variáveis de ajuste. Conclusão: Os achados deste estudo revelam associações entre ativação e trabalho remunerado, monitoramento glicêmico, histórico de IAM, consumo no dia anterior à entrevista de seis refeições, de dois ou mais marcadores de alimentação saudável, de frutas e menor consumo de hambúrgueres e embutidos apresentaram maior nível de ativação. Porém foi encontrado menor nível de ativação entre pessoas que pertenciam a uma melhor classificação socioeconômica (B1 e B2) e que tinham obesidade. Ademais, o escore médio da ativação encontrado neste estudo pode ser melhorado, reforçando a importância do acompanhamento multiprofissional desses indivíduos no SUS e realização de intervenções de saúde a fim de ampliar os níveis de ativação dessa população e melhorar o controle glicêmico.
Abstract: Considering the magnitude of diabetes mellitus as a chronic non-communicable disease, self-management of the disease by the individual is essential for successful treatment. Primary Health Care represents a scenario for investigating factors related to complications of chronic diseases and for providing guidance that generates greater autonomy for the individual. Objective: To evaluate the level of activation in people with diabetes registered in Primary Health Care and associated factors in a city from the Mata Mineira Zone. Methodology: Crosssectional study with people with diabetes in Primary Health Care. A questionnaire was applied for identification, sociodemographic data, lifestyle, health conditions and glycated hemoglobin recorded in the electronic medical record. Dietary characteristics were obtained using the SISVAN food consumption marker and the level of activation was assessed using the 13-item Patient Activation Measure® scale. Data analysis was performed using descriptive statistics, Pearson's chi-square test and Poisson regression. Results: A total of 120 people with diabetes participated in this stud, the majority of whom were female (72.5%; n=87) and the average age was 54.63 ± 11.22 years. The average time since diabetes diagnosis was 8.21 ± 6.77 years, with 92.5% being type 2 diabetes. The average activation score was 50.62±6.07 points and a higher prevalence of individuals with a level 1 activation. There was an association between a higher prevalence of high activation and paid work, monitoring blood glucose levels at home and having a history of acute myocardial infarction (AMI). Belonging to socioeconomic classification B1 and B2 and having obesity were associated with a lower level of activation. Regarding food consumption markers, it was observed that the highest activation score was associated with a higher prevalence of consumption of six meals the previous day and consumption of two or more healthy eating markers regardless of age, sex, race, socioeconomic classification, marital status, physical exercise, smoking, alcohol consumption, however these associations were not maintained after adjustment for obesity. Fruit intake the day before was also associated with a higher level of activation, regardless of the sex and age of the participants, this association was not maintained after all adjustments. The highest activation score was associated with the lowest consumption of hamburgers and sausages on the previous day, independent of all adjustment variables. Conclusion: The findings of this study reveal associations between activation and paid work, glycemic monitoring, history of AMI, consumption the day before the interview of six meals, two or more markers of healthy eating, fruit and lower consumption of hamburgers and sausages presented a higher level activation. However, a lower level of activation was found among people who belonged to a better socioeconomic classification (B1 and B2) and who were obese. Furthermore, the average activation score found in this study can be improved, reinforcing the importance of multidisciplinary monitoring of these individuals in the SUS and carrying out health interventions in order to increase the activation levels of this population and improve glycemic control.
Palavras-chave: Participação do paciente
Diabetes mellitus
Autogestão
Estratégia saúde da família
Patient participation
Diabetes mellitus
Self-Management
National health strategies
CNPq: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Departamento: Faculdade de Medicina
Programa: Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/17053
Data do documento: 14-Dez-2023
Aparece nas coleções:Doutorado em Saúde Coletiva (Teses)



Este item está licenciado sob uma Licença Creative Commons Creative Commons