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Tipo: Artigo de Evento
Título: A era das inteligências artificiais na reprodutibilidade técnica
Título(s) alternativo(s): The age of artificials inteligences in mechanical reproduction
Autor(es): Brum, Anna Carolina de Sá
Organizador(es): Braida, Frederico
Nojima, Vera Lúcia
Coutinho, Taís de Souza Alves
Campos, Fernanda de Façanha e
Ferreira, Isabela de Mattos
Resumo: Walter Benjamin (2018) propôs que uma obra de arte era única a partir do momento que sai das mãos do artista. Isso era o que ele entendia por Aura (Benjamin, 2018). Esta Aura era a essência da obra, seu ethos (Geertz, 1989) que carrega toda sua legitimidade única. O problema ocorre quando a reprodução em massa dessa obra se torna o meio de capital na máquina capitalista e industrial. Com o avanço das tecnologias, a reprodutibilidade de qualquer obra se tornou viável. Obras de Van Gogh são utilizadas em réplicas, produtos de cozinha e até mesmo capas de celular. A Aura de sua obra se perdeu na Indústria Cultural (Adorno; Horkheimer, 1985). Dentro dessa Aura perdida a Indústria Cultural produz uma reprodutibilidade técnica em que a arte pela arte se perde. O Campos (Bourdieu, 2021) artístico perde toda sua Aura ao compreender a arte como meio de produção e não mensagem da arte (McLuhan, 1964). O século XXI traz mais problemáticas do que a Paris do século XIX e seus vitrais traziam para a Europa intelectual da época de Benjamin. Com as Inteligências Artificiais, é possível criar algo novo com poucos cliques e comandos. Essa criação tende a ser vista como autoral da IA. Entretanto, o que artistas atuais alegam é que essas Inteligências buscam na Aura das obras já existentes meios de reproduzir o que se entende como autoral, entretanto, é só a Industria Cultural 4.0. Diante deste cenário, a aura da obra se perde, pois já não se trata de uma produção autêntica. Como metodologia de pesquisa neste trabalho, buscamos uma análise do discurso (Bardin, 2016) destes artistas através de principais portais de notícias brasileiros essa disputa entre a Indústria Cultural 4.0 (que utiliza das novas tecnologias para a reprodução da cultura de massa) e os artistas que ainda produzem a Aura em suas obras. Para isso elencamos três matérias produzidas pelo Uol, Época/Globo e BBC Brasil. As notícias foram produzidas entre 12 de janeiro até 20 de julho de 2023. Nelas podemos analisar que artistas se sentem roubados por terem suas obras nos bancos de dados dessas inteligências artificiais. Assim, créditos e pagamentos não são repassados para os artistas e as grandes empresas que acabam lucrando com a reprodução de uma arte sem vida que parte de Auras de artistas que se tornam desconhecidos. Diante disso, é importe refletir sobre o uso dessas IA’s no cotidiano, pois ainda é muito frágil o entendimento do que foi produzido por um humano ou por uma máquina. Também é importante ponderar sobre o acesso dessas inteligências aos conteúdos que estão expostos no ciberespaço (Lévy, 1999), pois as obras de artistas reconhecidos ou não, que estejam dentro das redes acabam sendo usadas como base para novas criações das IA’s, mesmo que sem uma autorização.
Abstract: -
Palavras-chave: Aura
Reprodutibilidade
Inteligência artificial
Indústria cultural
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
Idioma: por
País: Brasil
Editor: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla da Instituição: UFJF
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-ShareAlike 3.0 Brazil
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/
URI: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16866
Data do documento: 23-Out-2023
Aparece nas coleções:4º Encontro de Semiótica do Projeto



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