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Clase: Artigo de Evento
Título : A dimensão estética na semiótica da pós-verdade e sua possível relação no desenvolvimento da inteligência artificial
Otros títulos : The aesthetic dimension in the semiotics of post-truth and its possible relation to the development of artificial intelligence
Autor(es): Ripoll, Leonardo
Romanini, Vinicius
Organizador: Braida, Frederico
Nojima, Vera Lúcia
Coutinho, Taís de Souza Alves
Campos, Fernanda de Façanha e
Ferreira, Isabela de Mattos
Resumo: O contexto contemporâneo da pós-verdade, ainda que possa ser uma demarcação questionável, sem consentimento em alguns campos de investigação, é tomado pelo jornalismo (D’Ancona, 2018; Kakutani, 2018) como um cenário que ficou conhecido em 2016, a partir de dois movimentos de repercussão global: as eleições estadunidenses da época e o movimento Brexit. Parte de um fenômeno maior de desinformação, a pós- verdade é entendida aqui como a manipulação discursiva que desenvolveu características próprias a partir da internet e, principalmente, a partir das dinâmicas de comunicação e comportamento criadas pelo crescimento das mídias sociais. Nesse contexto, a fixação de crenças conceituada por Peirce (2021) e os aspectos na manufatura da opinião pública propostos por Lippmann (2021), trazem esclarecimentos possíveis para a investigação do fenômeno. De forma adicional, a semiótica peirceana, enquanto teoria dos signos da comunicação, também permite uma análise aprofundada, sustentada pela sua articulação entre as dimensões estéticas, éticas e lógicas do signo em sua relação com objeto e interpretante. Nesse sentido, expõe-se o caráter estético e de primeiridade dos discursos de pós-verdade, os quais se valem de um efeito a priori onde a argumentação já encontra terreno preparado para o seu acolhimento, pois a ação desse tipo de discurso é premeditada sobre bases emocionais e imagéticas, no campo da performance e representação, que atingem o sistema de crenças do seu público, de forma condicionante e recompensadora. Ou seja, ao planejar o seu efeito na dimensão estética, a pós-verdade consegue flexibilizar a ética e a lógica, criando aceitação de ideias e ações que, de outra forma, causariam dúvida, estranhamento ou rejeição. Considera-se que, no atual cenário, a dimensão estética é reforçada por um ambiente dominado por uma “instância da imagem ao vivo” (Bucci, 2021), ou seja, do uso da imagem como código central na recepção de mensagens. Assim, o contexto atual das mídias sociais desenvolve ações performáticas do indivíduo, além de criar formatos estéticos de disseminação em que a informação precise ser direta, curta, assertiva e resolutiva, transformando o campo do debate e da esfera pública situada na “infosfera” (Floridi, 2014) em territórios de guerra informacional. A inteligência artificial (IA) surge nesse cenário também permeada por profecias e imprecisões, incluindo o uso feito sobre sua própria nomenclatura, trazendo ao imaginário coletivo contaminado por obras de ficção das mais diversas um sentido irreal do que ela representa de fato. De forma mais específica, as possibilidades inauguradas recentemente pelas Large Language Models (LLMs) são tão extensas quanto os questionamentos e preocupações acerca dos seus usos e desenvolvimento. A desinformação textual já encontrada nas LLMs (Pan et al., 2023) suscita o seguinte questionamento: poderia a IA articular aspectos estéticos próprios da manipulação discursiva da desinformação?
Resumen : -
Palabras clave : Modelos de linguagem
Pós-verdade
Desinformação
CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
Idioma: por
País: Brasil
Editorial : Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Sigla de la Instituición: UFJF
Clase de Acesso: Acesso Aberto
Licenças Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0/br/
URI : https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16865
Fecha de publicación : 23-oct-2023
Aparece en las colecciones: 4º Encontro de Semiótica do Projeto



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