https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16566
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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renanmarceloalvescoimbra.pdf | PDF/A | 2.58 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Tipo: | Tese |
Título: | Divisões raciais e desigualdade de saúde no Brasil |
Autor(es): | Coimbra, Renan Marcelo Alves |
Primeiro Orientador: | Santos, José Alcides Figueiredo |
Membro da banca: | Tavares Júnior, Fernando |
Membro da banca: | Bastos, Ronaldo Rocha |
Membro da banca: | Dias Júnior, Cláudio Santiago |
Membro da banca: | Carvalhaes, Flávio Alex de Oliveira |
Membro da banca: | Dulci, João Assis |
Resumo: | A tese investiga a desigualdade racial de saúde no Brasil. Trata-se de dimensão que representa as consequências vitais da estratificação social. O trabalho parte da constatação bem documentada pela literatura internacional de que disparidades socioeconômicas estão a ela fortemente associadas. Com uso de diversificadas formas de estimação – que incluem modelos aditivos e interativos de regressão, além de cálculos de diferenças a exemplo da absoluta e da semielasticidade –, seguem-se duas linhas de análise principais. Inicialmente, há a tentativa de explicar de que forma fatores como classe, renda, escolaridade e área geográfica medeiam as assimetrias observadas. Posteriormente, avalia-se a maneira com que raça interage e faz os efeitos desses componentes variarem, no sentido de que seus retornos não sejam os mesmos para brancos e negros. Basicamente, a análise de mediação estima a contribuição das variáveis consideradas, dentro do sistema de estratificação, para o montante total da desigualdade em questão. Já a modelagem interativa lida com as probabilidades e diferenças oriundas da influência mútua entre os efeitos de raça e os gerados pelos contextos socioeconômicos e espaciais. A estratégia analítica da tese é quantitativa, emprega-se a regressão logística como técnica estatística e os procedimentos amparam-se no uso do programa computacional Stata. Os dados utilizados dizem respeito à Pesquisa Nacional de Saúde de 2013, inquérito conduzido pelo IBGE. O principal resultado de interesse, ou variável resposta, é o estado de saúde autoavaliado. Atenção também é dedicada aos hábitos arriscados e às consequências de doenças. A investigação revela que, devido a sofrerem com múltiplas desvantagens, negros têm probabilidades bastante superiores de reportar estado não bom. Em termos de conclusões, corrobora-se aquilo que o campo de sociologia médica tem enfatizado, ou seja, que a maior parte das diferenças raciais de saúde se deve a assimetrias de acesso a empregos, renda e escolaridade e não a características biológicas, individuais, culturais e comportamentais dos indivíduos. No Brasil, por conta da desigual distribuição dos grupos e do ordenamento de posições e recursos, em particular no que tange às grandes regiões, também o território traduz-se em peça chave. O achado capital refere-se ao exame sobre de que maneira e com quais impactos os efeitos de raça e os de contextos socioeconômicos e geográficos se afetam entre si. Verifica-se que a afetação ocorre com intensa repercussão mesmo em cenários extremamente circunscritos ou de proximidade entre os casos. Significa que raça opera como elemento distintivo, capaz de provocar resultados muito diferentes, ainda que os grupos estejam em condições bastante parecidas. |
Abstract: | The thesis investigates racial health inequality in Brazil. Its about dimension that represents the vital consequences of social stratification. The work is based on the well-documented finding in the international literature that socioeconomic disparities are strongly associated with it. Using different forms of estimation – which include additive and interactive regression models, in addition to calculations of differences such the absolute and semielasticity – two main lines of analysis are followed. Initially, there is an attempt to explain how factors such as class, income, education and geographic area mediate the observed asymmetries. Subsequently, the way in which race interacts and makes the effects of these components vary, in the sense that their returns are not the same for whites and blacks. Basically, the mediation analysis estimates the contribution of the variables considered, within the stratification system, to the total amount of inequality in question. Interactive modeling, on the other hand, measures the probabilities and differences arising from the mutual influence between the effects of race and those generated by socioeconomic and spatial contexts. The analytical strategy of the thesis is quantitative, logistic regression is used as a statistical technique and the procedures are based on the use of the Stata computational program. The data used refer to the 2013 National Health Survey, conducted by the IBGE. The main outcome of interest, or response variable, is self-rated health status. Attention is also devoted to risky habits and the consequences of illness. Research reveals that, due to suffering from multiple disadvantages, blacks are much more likely to report poor health status. In terms of conclusions, what the field of medical sociology has emphasized is corroborated, that is, that most of the racial differences in health are due to asymmetries in access to jobs, income and education and not to biological, individual, cultural and behavioral characteristics of individuals. In Brazil, due to the unequal distribution of groups and the ordering of positions and resources, especially with regard to large regions, the territory also translates into a key element. The main finding refers to the examination of how and with what impacts the effects of race and those of socioeconomic and geographic contexts affect each other. It is verified that the affectation occurs with intense repercussions even in extremely circumscribed scenarios or of proximity between the cases. It means that race operates as a distinctive element, capable of provoking very different results, even though the groups are in very similar conditions. |
Palavras-chave: | Desigualdade racial de saúde Sociologia da saúde Determinantes sociais da saúde Racial health inequality Sociology of health Social determinants of health |
CNPq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS |
Idioma: | por |
País: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) |
Sigla da Instituição: | UFJF |
Departamento: | ICH – Instituto de Ciências Humanas |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto Attribution 3.0 Brazil |
Licenças Creative Commons: | http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/ |
DOI: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00037 |
URI: | https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16566 |
Data do documento: | 30-Out-2023 |
Aparece nas coleções: | Doutorado em Ciências Sociais (Teses) |
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